A Faculdade de Comunicação e Biblioteconomia, da Universidade Federal de Goiás, oferece três cursos de comunicação – Jornalismo, Relações Públicas e Publicidade e Propaganda – e o curso de Biblioteconomia. O Curso de Radialismo (rádio e tv), criado em 1o. de março de 1981 – reconhecido em 10 de novembro de 1987 – foi extinto em 2004, porque já não correspondia aos propósitos que determinaram sua implantação e tampouco às expectativas do mercado de trabalho.
A Faculdade de Comunicação e Biblioteconomia, da Universidade Federal de Goiás, é o resultado de um longo processo de luta em favor, inicialmente, de uma formação adequada do profissional de jornalismo. Esta preocupação remonta à fundação, em 10 de setembro de 1934, da AGI - Associação Goiana de Imprensa, cujos dirigentes insistiam na formação do jornalista, como garantia de um melhor desempenho profissional.
Dois eventos, em 1959, vão contribuir decisivamente para a criação do curso de jornalismo em Goiás. O primeiro foi a criação do Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de Goiás, em 14 de abril, e a instalação da Universidade Federal de Goiás, em 14 de dezembro daquele ano. O reitor Colemar Natal e Silva chegou a promover vários encontros com jornalistas, com vistas a criação de um curso de jornalismo na UFG. O golpe militar, em 1964, parecia ter barrado completamente esta possibilidade.
No entanto, a luta não parou. AGI, presidida por Walter Menezes, e o Sindicato dos Jornalistas, presidido por José Osório Naves, continuaram a fazer pressões junto a UFG, até conseguirem sinal verde do então reitor Jerônimo Geraldo de Queiroz. Estava aberto o caminho para a criação do curso de jornalismo da UFG. A partir do Curso de Jornalismo (1968), foram criados mais dois cursos da área de comunicação: Relações Públicas (1975) e publicidade e propaganda (1997). O Curso de Biblioteconomia foi criado e incorporado ao então Departamento de Comunicação Social, em 1980.
No final de 1996, os conselhos superiores da UFG autorizaram a criação da Faculdade de Comunicação e Biblioteconomia. No dia 20 de agosto de 1997, o reitor Ary Monteiro do Espirito Santo instalava a nova faculdade, concretizando um sonho dos seus idealizadores, que sempre lutaram por sua autonomia. A FACOMB, que vinha se estruturando no campo da pesquisa e da pós-graduação, com uma Especialização em Assessoria de Comunicação (em atividade) e outra em Marketing Político (já extinta), acaba de receber autorização da CAPES para implantar seu Curso de Mestrado em Comunicação, cujas aulas começam em março de 2007.
Curso de Jornalismo
O curso foi criado pela Resolução no. 01/66, de 30 de setembro de 1966, e ficava agregado ao antigo ICHL – Instituto de Ciências Humanas e Letras. Ao primeiro vestibular se inscreveram 80 candidatos que disputaram 30 vagas oferecidas. No entanto, em março de 1968, somente nove alunos estavam matriculados, dos quais apenas quatro concluiram o curso. O curso contou, neste início, com o concurso de professores do então Departamento de Comunicação, da Universidade de Brasília.
Em 1970, o curso se consolidava com a criação do Departamento de Comunicação social, chefiado pelo professor Modesto Gomes da Silva, do Curso de História. Foi, no entanto, o professor Antônio Maia Leite o responsável pela organização administrativa e acadêmica do novo departamento, tendo conseguido, através de concurso público, montar a primeira equipe de professores de comunicação: Hélio Furtado do Amaral, Francisco Eduardo Ponte Pierre, José Carlos da Rocha Carvalho, Valquíria Braga dos Santos, Taylor Oriente e Thomas Roland Hoag.
A outra grande luta foi pelo reconhecimento do curso, que demandava um grande investimento em equipamentos, espaço físico adequado e, do ponto de vista político, apoio da própria UFG, o que nunca foi muito evidente. O Departamento precisa montar sua estrutura laboratorial - fotografia, redação, radiojornalismo, telejornalismo – sem a qual o curso não teria o aval do MEC. Algumas turmas já estavam atuando no mercado, mas sem diploma. Armou-se, a partir de 1977, uma intensa campanha político pelo reconhecimento. Desta luta resultou a aquisição dos equipamentos laboratoriais. O curso de jornalismo foi reconhecido no dia 5 novembro de 1975.
Curso de Relações Públicas
O curso de Relações Públicas foi criado em 1o. de março de 1975. O curso já nasceu com um grupo de professores com formação específica, como os profs. José da Costa Mota, Sidney Valadares Pimentel e Venerando Ribeiro de Campos. As dificuldades enfrentadas pelo curso de jornalismo para seu reconhecimento, terminaram estimulando professores e estudantes a organizarem uma pressão sistemática sobre o MEC. Aos poucos o curso foi se equipando, tendo mesmo estruturado seu laboratório específico. O curso foi reconhecido no dia 2 de agosto de 1978, ao formar sua primeira turma.
Curso de Publicidade e Propaganda
É o mais novo curso de comunicação da faculdade, que começou a funcionar em março de 1997. A grande luta do curso foi pela garantia do seu reconhecimento junto ao MEC, que precisaria liberar recursos para a aquisição de laboratórios e montar sua equipe docente. O curso já dispõe de um corpo docente específico, bem como toda sua estrutura de laboratórios. O curso foi reconhecido pelo MEC em 13 de agosto de 2004.
Curso de Biblioteconomia
O curso de Biblioteconomia, criado em 1980, foi incorporado ao então Departamento de Comunicação social, constituindo-se área distinta e administrativa e academicamente. Mesmo assim, o curso enfrentou os mesmos problemas e dificuldades dos cursos de comunicação em busca do seu reconhecimento pelo MEC. Alunos e professores se organizaram para garantir apoio interno e externo para garantir sua estrutura laboratorial e montar sua equipe docente. O curso foi reconhecido no dia 2 de julho de 1985.