A coletânea reúne artigos de vários autores que relatam sobre a experiência de educação popular através do Movimento de educação de Base – MEB, realizada em Marabá de 1971 a 1996, por meio de escolas radiofônicas, com depoimentos de alfabetizandos e alfabetizadores que participaram do movimento.
O autor aborda no livro o contexto amplo e complexo que vai de 1950 até meados da década de 1960, tratando dos problemas das relações entre a Igreja e a questão agrária no Brasil, do projeto da reforma agrária que a CNBB e a Arquidiocese tentaram realizar com auxilio do Governo Federal. O autor busca fazer uma confrontação da Igreja Católica frente a questão agrária, abordando três ângulos fundamentais: O conceito de reforma agrária apresentado pela Igreja; as ações políticas e sociais da Igreja; e a experiência de reforma agrária na fazenda Conceição.
A autora busca desvendar os movimentos sociais no campo, dando ênfase aos mediados pela Teologia da Libertação, analisando a relação entre religiosidade e política, enfatizando os difíceis trajetos da luta pela terra no Brasil e Peru, os conflitos entre o latifúndio, a guerrilha, a ação libertária das pastorais da terra e o domínio narcotráfico no controle da Amazônia.
A obra narra a Guerrilha do Araguaia, confronto ocorrido no norte de Goiás e no sul do Pará, entre 1972 e 1975, ainda pouco divulgado pelos meios oficiais do país. O autor desenha a crise brasileira após a renúncia presidencial, analisa os dilemas da esquerda e, finalmente, a opção pela luta armada como forma de tomar o poder. Em linguagem direta e acessível, descreve a região, a população, os preparativos da operação de guerra, a chegada dos militares, as campanhas e, ao final, avalia o resultado de toda a ação e repressão.
Apresenta vários artigos publicados semanalmente e que foram reunidos para compor o livro. São artigos que trazem história, educação, Igreja e trabalho pastoral. São “reflexões importantes porque colocam todos os fatos sob a mesma ética fundada no amor ao próximo, na solidariedade, na participação, na inclusão, características do tempo que virá”. (palavras do autor).
O livro apesenta resultados de uma pesquisa que após a problematização foi eleita uma das várias tipologias aplicáveis ao catolicismo brasileiro, colocando em evidência a Igreja Neo-Cristandade, destacando algumas características desse modelo e analisando a visão da Igreja as camadas populares e a concorrência de outras religiões e seitas. O livro apresenta ainda uma abordagem sobre o declínio da Igreja na Neo-Cristandade, destacando os elos com o Estado por meio da constituição de 1946. Na quarta parte a autora identifica uma solução encontrada pela Igreja para os problemas gerados pelo capitalismo e pelo socialismo, entre outros.
O livro compõem três estudos sobre o coronelismo em Goiás. “ Gracy Tadeu da Silva Ferreira ... faz uma importante busca e observação sobre o coronelismo, chegando a um resgate numa perspectiva nacional e regional. Maria Lúcia Fonseca , autora de Coronelismo e cotidiano- Morrinhos (1889-1930), busca enfocar o município de Morrinhos [...] onde emergiu um dos principais grupos políticos do interior goiano na Primeira República.[...] Miriam Bianca do Amaral Ribeiro ... analisa a história do mais importante grupo no poder durante toda a Primeira República... considera a permanência política dos Caiados no poder, através de todo o processo histórico goiano... através dos anos, seus aspectos econômicos, políticos, sociais e culturais, trajetória em que se percebem um razoável grau de cosmopolitismo e algumas tradições culturais europeias.
A obra é uma reunião de artigos “publicados em O Popular entre os anos de 1996 e 1997. [...] A intenção é gerar debates, produzir críticas, discussões e, se possível, contagiar o leitor com o estilo que perseguimos: a riqueza das palavras na tradução das ideias. (Palavras do autor).
É um estudo “sobre a questão dos assentamentos rurais de Goiás nos anos 80. O tema é abordado de forma crítica e engajada, apoiado por uma ampla pesquisa bibliográfica e por depoimentos dos próprios assentados. O trabalho analisa ocupações de terra do Mosquito, Rancho Grande e São João da Lavrinha, no município de Goiás; Retiro e Velha, no município de Itapirapuã; e Rio Paraíso, no município de Jataí. (considerações de Barsanufo Gomides Borges).
“A obra representa um esforço para conhecer a situação dos projetos de assentamento João de Deus, em Silvânia- GO, Barro Amarelo, em Abadiânia- GO e São João da Lavrinha, na cidade de Goiás- GO, decorrentes das ações do I Plano Nacional de Reforma Agrária da Nova República (PNRA) e dos movimentos de ocupação de terra, entre 1987 e 1995. [...] fornece uma visão ampla da dinâmica produtiva e da qualidade de vida das famílias, enfatizando as semelhanças e diferenças entre um e outro assentamento, bem como as diversidades internas, enquanto unidades familiares”.( Lázaro Eurípedes Xavier)