Eixo 3. Este trabalho trata da Construção da Identidade negra a partir da escola, considerando as contribuições da lei 10.639/03 que alterou a LDB 9394/96 instituindo a obrigatoriedade do ensino de História da África e de Cultura afro-brasileira e africana em escolas públicas e privadas de todo o país. A pesquisa em andamento tem como proposta, levantar experiências bem sucedidas de implantação da lei, isto é, escolas que tenham incorporado em sua prática pedagógica estratégias de combate ao racismo e à discriminação.
O trabalho apresenta uma reflexão acerca da memória da cultura negra brasileira a partir do projeto de tese “A Literatura Negra Brasileira lugar de memória: na obra de Geni Guimarães”, em desenvolvimento no Programa de Pós-graduação em Políticas Públicas e Formação Humana, sob a orientação da Prof.ª Drª. Denise Barata, na linha de pesquisa - Estado e Política Pública.
Eixo 3. O trabalho apresenta alguns aspectos da hybris jovem partindo de uma reflexão sobre o rap quilombola “Você é Você” para compreendermos aspectos das subjetividades jovens. Entretanto, a intenção aqui não é de psicologizar a sala de aula, o aluno e a escola. Podemos entender em Souza (2012), que a compreensão equivocada da psicanálise até contribuiu para este estado de coisas – esta dificuldade da escola e do professor se situarem e acabarem convergindo a si as maiores contradições da sociedade. O artigo destaca três níveis de subjetividades, compreendidas como facetas do plano intermediário das particularidades: 1) a subjetividade jovem, marcada pelo período de metamorfose impulsionado pela puberdade; 2) a subjetividade negra, marcada pelo histórico de negação, exclusão, preconceito e racismo; e a 3) subjetividade cultural, que pode permitir a integração da fluidez e fragmentação jovem, além do alívio de sua angústia, na medida em que propõe ao jovem alguma ordenação a partir de um ethos (lugar) de grande sintonia às produções multiculturais, onde expressões musicais, dramáticas e corporais (danças) se apresentam como práticas externalizadas de um trabalho de elaboração que se processa internamente, relaxando a pressão implícita sobre seu modo futuro de ser adulto, ao que deve responder. É este estado de “pertencimento”, diríamos, que conflui suas inconformidades e agressividades nas artes e expressões corporais, que entendemos como um período de latência ritualizado para a reorganização de suas perspectivas futuras quanto ao modo de ser adulto.