Este artigo aborda a gênese do ensino técnico no Brasil que se inicia num período em que a sociedade estava organizada basicamente entre os grandes proprietários de terra e a força de trabalho escrava. O objetivo é compreender como ocorreu a transmissão de conhecimentos técnicos, também designado como ensino de profissões manuais ou de ofícios, durante os períodos colonial e imperial.
Este artigo analisa, a partir da perspectiva da Teoria Crítica em Adorno e Horkheimer, os objetivos da educação técnico-profissionalizante no Brasil preconizados pela lei 9394/96, a LDB, que atesta “priorizar a formação ética e o desenvolvimento da autonomia intelectual e do pensamento crítico, ao buscar a superação da fragmentação das tarefas e a compreensão do processo global de produção”. Aponta uma real aproximação da educação para o trabalho com os ideais de cunho positivista, que visa apenas a adaptação acrítica por parte dos educandos, dado os elementos sócioeconômicos, bem como cognitivos, que a identificam, buscando legitimar a ideologia capitalista, cuja historicidade em nosso país tem sido associada, essencialmente, à formação de “mão-de-obra”, dificultando o desenvolvimento de subjetividades autônomas e comprometidas com uma prática social emancipadora.