Formação Inicial do Professor

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Narrativas autobiográficas como elo entre a subjetividade e a teoria: por uma formação centrada no autoconhecimento.

A docência é profissão crivada por vicissitudes. Uma delas rubrica que a atuação profissional embora dependa da conclusão de uma licenciatura para ocorrer só se efetiva na mobilização de saberes múltiplos que são por vezes subjetivos, pessoais e por isso, majoritariamente externos a academia. Dessa percepção e como docentes responsáveis por disciplinas oferecidas às alunas ingressantes no curso de pedagogia nos interessou perceber como a história de cada uma confluiria com as teorias estudadas no período e também se tal experiência poderia pavimentar condições para um percurso formativo no qual o autoconhecimento conquiste espaço e valor. A análise das narrativas autobiográficas apontou que a história de cada um alicerça visões, aceites e recusas teóricas e precisa ser considerada na formação inicial, pois desconsiderada não será no processo do fazer docente e, portanto no fazer-se docente.

A formação inicial de professores no PIBID: avanços e desafios.

Neste trabalho apresentarei uma reflexão sobre os avanços (e desafios) que o Pibid pode promover ao propor a valorização do magistério a partir da elevação da qualidade da formação inicial de professores. Essa formação, de acordo com os objetivos do programa, deve ocorrer por meio da articulação entre teoria e prática, entre educação superior e educação básica e todo esse processo deve ter como produto final a melhoria da qualidade da educação básica. Diante disso, defenderei a necessidade de se colocar em suspeição as práticas desenvolvidas no Pibid para não se correr o risco de garantir a continuidade da história de distanciamento entre universidade e escola. Para tanto, na universidade, os que se propõem a integrar o Pibid precisam assumir-se como formador não só nos momentos em que participam das atividades do Programa, mas em todas as aquelas que envolvem o pensar as próprias licenciaturas. O desafio que se coloca para os formadores do Pibid é o da criação de uma relação dialética entre essas duas dimensões da atividade educativa: a pedagógica e a específica.

Os currículos para a formação de professores na UFTM e os desafios para a formação pedagógica de qualidade.

A expansão de vagas nas Universidades, com adesão ao REUNI, recebe deste apoio financeiro e orientações pedagógicas e curriculares. Busca-se compreender a estrutura curricular dos cursos de formação inicial dos professores da UFTM e se tal proposta atende aos objetivos do REUNI, garantindo a formação de professores com perfil e habilidades para contribuir com a melhoria da escola de Educação Básica. Para a fundamentação teórica utilizou-se a pesquisa bibliográfica, pesquisa documental para análise dos currículos e a técnica de entrevista semiestruturada para complementar as informações. Os primeiros resultados evidenciam que um bom currículo pode contribuir muitíssimo com a qualidade de um curso de formação de professores. O Projeto Pedagógico do curso, bem como o seu Currículo, deve nascer do estudo, da pesquisa, do debate do grupo de professores e alunos que vão vivenciá-lo.

Educação física e deficiência: a formação docente inicial em foco.

O objetivo deste texto é evidenciar as atividades da Prática como Componente Curricular (PCC) da disciplina de Educação Física Adaptada, desenvolvidas no primeiro semestre de 2012, numa escola privada da cidade de Garças-MT. Esta pesquisa situa-se no campo qualitativo, utilizando-se da observação participante, de fontes bibliográficas e documentais. Dentre os aspectos mais importantes ocorridos, destacamos as visões iniciais e estereotipadas dos acadêmicos acerca da deficiência e do deficiente que se alteraram de forma significativa no decorrer da PCC, assim como as trocas de experiências estabelecidas entre todos os sujeitos envolvidos. Concluiu-se que a PCC se faz necessário nas licenciaturas, oportunizando aos graduandos contato direto com a realidade e a aquisição de competências necessárias à prática educativa.

O lugar da criança e da infância na formação de professores indígenas Gavião Ikólóéhj.

Este texto é parte da pesquisa de mestrado realizada pelo Programa de Pós- Graduação em Educação cuja temática voltou-se para a criança e a infância na perspectiva da formação docente indígena. Este trabalho apresenta o que professores indígenas da Etnia Gavião Ikólóéhj assumiram ter estudado acerca da infância e criança nos cursos Licenciatura em Educação Básica Intercultural e Magistério Indígena Projeto Açaí II, e o que as propostas curriculares desses cursos apresentam sobre o tema. A abordagem metodológica foi qualitativa de tipo etnográfico. Os instrumentos utilizados para a coleta dos dados apresentados neste texto foram entrevistas semiestruturadas e análise documental das propostas curriculares dos cursos. Na análise das propostas dos cursos e nos relatos dos professores indígenas constatou-se que pouco se planejou para realizar estudos com os alunos/professores acerca do tema.

A concepção de criança de estudantes de cursos de pedagogia.

O presente texto apresenta um recorte da investigação em andamento, que objetiva identificar e analisar de forma comparativa como se desenvolve a aprendizagem profissional da docência em instituições de ensino superior. Assim, apresenta dados acerca da percepção e expectativas dos estudantes referentes à criança que gostariam de trabalhar no futuro exercício da docência. A pesquisa, de abordagem qualitativa, caráter longitudinal e comparativo, tem como sujeitos estudantes matriculados em instituições de ensino superior de distintas regiões brasileiras (UNESP/P. Prudente-SP e UFMS/Corumbá-MS). Os dados trazidos são frutos das primeiras fases da pesquisa, obtidos com uso de questionário nos anos letivos de 2011 e 2013. Na análise das informações constatamos que a noção de criança presente no imaginário dos estudantes pouco se altera de forma positiva com a vivência nos cursos de formação.

O compartilhamento de ações na organização da atividade pedagógica de professores de matemática em formação inicial como gerador do desenvolvimento de ações mentais individuais.

Este trabalho objetiva discutir a assunção do planejamento compartilhado da atividade pedagógica como gerador do desenvolvimento de ações mentais individuais. As discussões foram feitas à luz das teorias: Histórico Cultural-Vigotski, da Atividade-Leontiev, do Ensino Desenvolvimental- Davidov e a proposta teórico-metodológica das Atividades Orientadoras de Ensino-Moura. O planejamento compartilhado das ações se alicerçou em autores como Lopes e Libâneo. Os dados foram obtidos durante um experimento formativo com os professores matriculados na disciplina de Estágio Curricular Supervisionado II no 4º ano de Licenciatura de Matemática da Universidade Estadual de Goiás – Campus de Quirinópolis. Destacamos que os sujeitos, por meio do processo intencional de organização compartilhada das ações orientadas para o ensino e a aprendizagem de matemática, transformaram-se e causaram transformações.

Eu tô voltando prá casa: narrativas pedagógicas de professores iniciantes.

Esse artigo apresenta a metodologia das narrativas produzidas por professores egressos do curso de Pedagogia, no início da docência, nas redes pública e privada de ensino da cidade de Campo Grande/MS, atuantes na Educação Básica - Educação Infantil e Anos Iniciais do Ensino Fundamental -, por meio de um projeto interinstitucional entre Universidades. Tem por objetivo a articulação da teoria e da prática na formação inicial e no exercício inicial da profissão docente. As narrativas foram produzidas por meio de pautas durante as reuniões do Grupo de Pesquisa e os resultados apontam para a autorreflexão acerca da formação docente, mais especificamente dos professores no início da docência, reconhecendo as narrativas como elemento fundante no desenvolvimento de processos de formação de professores.
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