Neste artigo, realizamos uma análise de dois filmes de animação, os quais têm a boneca Barbie como protagonista. Buscamos identificar as diferentes formas e possibilidades para a vivência das feminilidades que os filmes veiculam e produzem/reproduzem. Nossa pesquisa utiliza os referenciais teóricos dos Estudos de Gênero, Estudos Culturais e pressupostos foucaultianos. Adotando como principais os conceitos de Gênero, identidade e o de modos de subjetivação. Buscamos o referencial metodológico nas terias pós-criticas. Esses campos teóricos nos possibilitam analisar os filmes enquanto artefatos culturais, e como tal, parte das pedagogias culturais que produzem/reproduzem conhecimentos e saberes.
O presente trabalho objetiva compreender os significados que um professor de crianças pequenas atribui às suas experiências de infância, vividas no contexto escolar, que remetem às relações entre crianças e adultos, de gênero e à sexualidade. Participa da pesquisa um professor de Educação Infantil, da rede pública de ensino do município de Rondonópolis, Mato Grosso. O viés metodológico desta pesquisa é a história oral, visto que as narrativas são marcadas por um processo de reflexão que leva o participante a rememorar sua vida e histórias, ancoradas em um assunto específico: a infância a partir das experiências com a sexualidade vividas na escola.
Neste artigo apresentam-se alguns dados de uma pesquisa que objetivou investigar o perfil de estudantes dos cursos de História e Pedagogia, no que tange o quantitativo, a realidade social, econômica e familiar, para tentar entender quais aspectos da vida desses estudantes se inter-relacionam com a opção pela profissão docente. Constituiu-se em um estudo de natureza qualitativa. O método de abordagem utilizado foi o Dialético, a metodologia pesquisa bibliográfica e de campo, e o instrumento de coleta de dados foi o questionário. Como referencial teórico-metodológico trabalhou-se com Louro, Nogueira, Rincón e Saffioti. Participaram da investigação 65 estudantes, sendo 39 mulheres e 26 homens. Os resultados indicaram que a maioria das/os estudantes são mulheres, afrodescendentes, trabalhadoras, mães, de renda baixa e que a escolha pela licenciatura está relacionada à identificação da profissão como mais fácil para mulheres.
Este artigo apresenta reflexões sobre a formação de professores que, a partir da década de 70 com a Terceira Revolução Industrial e a introdução da produção Flexível, vem convivendo com uma nova conformação material da produção capitalista. A partir do entendimento de que no processo de trabalho as relações estabelecidas resultam de diversas determinações históricas, que são contraditórias e devem ser consideradas no processo como uma sucessão de movimentos, pretende-se compreender as ideias neoliberais marcadas pela prática reflexiva, e como são valorizadas pelos sujeitos, particularmente na profissão de professores\\as. Os procedimentos, as técnicas e os instrumentos foram utilizados com o intuito de apreender a dinâmica do movimento da formação de professores na tentativa de identificação, ao menos preliminar, do não atendimento da expectativa de excelência exigida pelo mercado.
Este estudo faz parte de uma pesquisa detalhada sobre o espaço do policial militar feminino negro nos setores profissionais da Polícia Militar do Estado de Mato Grosso: um estudo sobre concepções, vivências, saberes e ocupação do espaço da policial feminina negra na instituição. Tem como objetivo analisar a ocupação do espaço do policial feminino negro nos setores profissionais da Polícia Militar. O artigo trabalha com dados extraídos de quinze entrevistas realizadas com policiais de três unidades, duas em Cuiabá-MT e uma em Várzea Grande-MT, e observação em Unidades policiais e na Arena pantanal. Utilizando o recurso dos discursos e da observação foi possível caracterizar evidencias de ocupação de espaço profissional com práticas preconceituosas e discriminatórias.
O objetivo deste artigo é analisar e problematizar textos e ilustrações da revista Atrevidinha procurando identificar o(s) modo(s) de subjetivação feminina (re)produzido(s), veiculado(s) e legitimado(s) pela revista. As análises baseiam-se nos Estudos Culturais, Estudos de Gênero e em pressupostos foucaultianos, articulando os conceitos de pedagogia cultural, gênero, corpo e modos de subjetivação. Como pressupostos metodológicos, utilizamos pesquisa bibliográfica, com inspiração nas teorias pós-críticas. Esses campos teórico-metodológicos nos possibilitaram analisar a revista como um artefato cultural que (re)produz, veicula e legitima valores e saberes que se dirigem à educação das leitoras, exercendo determinadas pedagogias.
Os quilombos no Brasil são marcados por lutas ao território e resistências, e se configuram como espaço de construção de identidades, e expoente da cultura afro-brasileira e de enfrentamento as agruras de um mundo ocidental, branco, machista e capitalista.
As lembranças relatadas e vivenciadas pelas travestis no espaço escolar nos dizem e indicam possibilidades de tencionar a formação docente. Este trabalho apresenta reflexões acerca das cenas escolares vividas e expressadas, por travestis da cidade de Ituiutaba/MG, de forma a demarcar alguns processos de regulação de suas condutas, discriminações e os modos de subjetivação. Utilizamos a perspectiva metodológica da pesquisa qualitativa, realizando entrevistas semiestruturadas. As informações foram analisadas fundamentando-se na técnica de Análise de Conteúdo. As análises evidenciam que as relações entre a escola e as experiências da travestilidade estabelecem-se no campo do estranhamento e da tensão, ocasionando a rejeição e a exclusão desses sujeitos, por meio das violências e práticas pedagógicas, associadas às regulações e normatizações de suas condutas.
De acordo com Costa e Andrade (2013), vários autores têm sustentado que, acoplada a objetivos sociais emergentes, uma variedade de pedagogias tem tomado corpo e entrado em funcionamento desde meados da segunda metade do século XX.
Nos diferentes momentos sócio-históricos e políticos, a mulher é marcada pelas relações de poder, por conflitos e contradições que carregam estereótipos, formando estigmas de desvalorização em sua trajetória pessoal e profissional. Entretanto, ela tem resistido a todas as discriminações impostas pela diferença de sexo, buscando a ocupação de novos espaços nas relações de trabalho, como direito conquistado, vislumbrando participação igualitária na cultura das relações de poder e a atuação em quaisquer profissões.