A obra retrata o período compreendido da “chamada República Liberal em que Getúlio Vargas, Juscelino Kubitschek, Jânio Quadros, João Goulart e outros que desfilaram pelo poder. Trata Também da oposição, tanto a democracia quanto a do grupo de solapadores da democracia que em 1964, finalmente, obteve pleno sucesso ao tomar o poder [...] Examina as características do processo de industrialização e as suas correlações com os setores primário exportador e agropecuário para o abastecimento interno, assim como os desiquilíbrios regionais de desenvolvimento, as migrações internas, o processo de urbanização e as suas consequências econômicas e sociais.[...] Este livro preocupa-se, por isso, com o exame do sistema partidário, do movimento sindical oficial e das organizações sindicais paralelas; com o movimento operário e camponês, as suas mobilizações de protestos, e propostas de reforma agrária, procurando demonstrar a crescente presença popular que procurava agir como agente de transformações. (Palavras introdutórias).
“A obra representa um esforço para conhecer a situação dos projetos de assentamento João de Deus, em Silvânia- GO, Barro Amarelo, em Abadiânia- GO e São João da Lavrinha, na cidade de Goiás- GO, decorrentes das ações do I Plano Nacional de Reforma Agrária da Nova República (PNRA) e dos movimentos de ocupação de terra, entre 1987 e 1995. [...] fornece uma visão ampla da dinâmica produtiva e da qualidade de vida das famílias, enfatizando as semelhanças e diferenças entre um e outro assentamento, bem como as diversidades internas, enquanto unidades familiares”.( Lázaro Eurípedes Xavier)
É um estudo “sobre a questão dos assentamentos rurais de Goiás nos anos 80. O tema é abordado de forma crítica e engajada, apoiado por uma ampla pesquisa bibliográfica e por depoimentos dos próprios assentados. O trabalho analisa ocupações de terra do Mosquito, Rancho Grande e São João da Lavrinha, no município de Goiás; Retiro e Velha, no município de Itapirapuã; e Rio Paraíso, no município de Jataí. (considerações de Barsanufo Gomides Borges).
O livro compõem três estudos sobre o coronelismo em Goiás. “ Gracy Tadeu da Silva Ferreira ... faz uma importante busca e observação sobre o coronelismo, chegando a um resgate numa perspectiva nacional e regional. Maria Lúcia Fonseca , autora de Coronelismo e cotidiano- Morrinhos (1889-1930), busca enfocar o município de Morrinhos [...] onde emergiu um dos principais grupos políticos do interior goiano na Primeira República.[...] Miriam Bianca do Amaral Ribeiro ... analisa a história do mais importante grupo no poder durante toda a Primeira República... considera a permanência política dos Caiados no poder, através de todo o processo histórico goiano... através dos anos, seus aspectos econômicos, políticos, sociais e culturais, trajetória em que se percebem um razoável grau de cosmopolitismo e algumas tradições culturais europeias.
A obra narra a Guerrilha do Araguaia, confronto ocorrido no norte de Goiás e no sul do Pará, entre 1972 e 1975, ainda pouco divulgado pelos meios oficiais do país. O autor desenha a crise brasileira após a renúncia presidencial, analisa os dilemas da esquerda e, finalmente, a opção pela luta armada como forma de tomar o poder. Em linguagem direta e acessível, descreve a região, a população, os preparativos da operação de guerra, a chegada dos militares, as campanhas e, ao final, avalia o resultado de toda a ação e repressão.
A autora busca desvendar os movimentos sociais no campo, dando ênfase aos mediados pela Teologia da Libertação, analisando a relação entre religiosidade e política, enfatizando os difíceis trajetos da luta pela terra no Brasil e Peru, os conflitos entre o latifúndio, a guerrilha, a ação libertária das pastorais da terra e o domínio narcotráfico no controle da Amazônia.
O autor aborda no livro o contexto amplo e complexo que vai de 1950 até meados da década de 1960, tratando dos problemas das relações entre a Igreja e a questão agrária no Brasil, do projeto da reforma agrária que a CNBB e a Arquidiocese tentaram realizar com auxilio do Governo Federal. O autor busca fazer uma confrontação da Igreja Católica frente a questão agrária, abordando três ângulos fundamentais: O conceito de reforma agrária apresentado pela Igreja; as ações políticas e sociais da Igreja; e a experiência de reforma agrária na fazenda Conceição.
A obra “narra a formação do povoado de Santa Rita e a sequência de acontecimentos de motivação amorosa e política que quebram a rotina do vilarejo, [...] retrata com fidelidade o universo sertanejo: tipos humanos, costumes, crenças, ecologia [...] estruturado em capítulos curtos [...] personagens expressivos, retirados do povo e do meio rural; equilíbrio entre a seriedade dos dramas sociais e humanos”.
“É o registro histórico abrangendo os doze dias de agosto de 1961, em que o Governador de Goiás, Tenente- Coronel Mauro Borges Teixeira e o Governador do Rio Grande do Sul, engenheiro Leonel de Moura Brizola encabeçaram o movimento cuja finalidade era garantir a posse do Sr. João Goulart na Presidência da República como legítimo sucessor constitucional do Sr. Jânio Quadros àquele mandato. Trata-se de uma publicação que ordena cronologicamente os eventos[...] por meio de registros oficiais indiscutíveis, como são as proclamações, as cartas, ofícios, noticiário de imprensa, depoimentos de pessoas direta ou indiretamente envolvidas no episódio”.( palavras de Bernardo Elis)
A obra relata o olhar de um amigo, já nas primeiras páginas introdutórias o autor descreve: “As páginas que se seguem e que, com ternura e amizade, dedico à memória do Presidente João Goulart, não têm a pretensão de ser a biografia do ilustre homem público, muito menos a análise minuciosa e interpretativa da época tão turbulenta em que, juntos, vivemos momentos decisivos da nossa História. Trata-se, simplesmente, de um depoimento de ordem pessoal e pretende, apenas, registrar aqueles dias, quando me foi permitido conhecer de perto não apenas o Presidente João Goulart, mas também o homem João Goulart; e, igualmente, o estancieiro Jango. Aos poucos, a História – e disso ela é mais capaz do que qualquer um de nós – vai traçando o perfil exato de um homem simples, humilde, honrado, cujo ideário político, que tanto lhe custou em sacrifícios, e até mesmo lhe tirou a vida, se resumia em querer dar ao povo brasileiro, através de sérias reformas numa sociedade imobilista e tomada pelo egoísmo, melhores condições de vida”. Palavras introdutórias.