Este artigo objetiva analisar e discutir as dúvidas, problematizações e fragilidades no conceito de Tecnologia Assistiva, principalmente no que se refere ao que seria Tecnologia Assistiva para alunos com deficiência intelectual. Utilizou-se a pesquisa-ação colaborativa, e para a coleta de dados dispomos de entrevistas coletivas realizadas com oito professoras de atendimento educacional especializado. Os resultados demonstram que por meio da pesquisa colaborativa é possível despertar processos reflexivos nas docentes, de modo a levá-las a discutir e problematizar questões relativas ao conceito, bem como contribuir com a produção cientifica por meio de uma proposta do que configuraria com estratégia de tecnologia assistiva no âmbito educacional.
As concepções curriculares ligadas à educação inclusiva sofrem influências do assistencialismo, da filantropia e da reabilitação, porque estes foram aspectos ligados à história da Educação Especial e, por isso, acabam moldando ainda hoje a organização dos serviços. Em vista disso, é interessante problematizar quais os tipos de currículos, conteúdos trabalhados nas salas de recursos multifuncionais, pois objetivamos assim, saber o que é ensinado no atendimento educacional especializado (AEE) e inferir quais relações os conteúdos trabalhados estabelecem com o ensino regular. Este estudo faz parte de uma pesquisa de natureza colaborativa, realizada pelo Observatório Catalano de Educação Especial que revelou nesse estudo que o currículo desenvolvido no AEE não tem atendido aos objetivos propostos pela inclusão, a escolarização dos alunos público alvo da Educação Especial.