Este artigo aborda a notoriedade da pesquisa com crianças, trazendo para discussão as vivencias espaciais por elas apresentadas, face às repercussões que os usos das mídias e novas tecnologias têm engendrando em suas vidas, principalmente nos espaços destinados a escolarização. O estudo ancora-se nas ferramentas conceituais e metodológicas da Sociologia da Infância e Geografia da Infância acerca da infância e da relação das crianças com o espaço enquanto parte integrante de suas vidas. Utiliza-se ainda, os conceitos de dialogismo e alteridade de Mikhail Bakhtin e teorias sobre o uso das às mídias e artefatos tecnológicos da atualidade. As análises evidenciaram que as crianças não se orientam de forma acrítica em suas relações com as mídias e tecnologias e que ainda, reordenam ou recriam o sentido dos espaços por elas ocupados.
O presente trabalho objetiva compreender os significados que um professor de crianças pequenas atribui às suas experiências de infância, vividas no contexto escolar, que remetem às relações entre crianças e adultos, de gênero e à sexualidade. Participa da pesquisa um professor de Educação Infantil, da rede pública de ensino do município de Rondonópolis, Mato Grosso. O viés metodológico desta pesquisa é a história oral, visto que as narrativas são marcadas por um processo de reflexão que leva o participante a rememorar sua vida e histórias, ancoradas em um assunto específico: a infância a partir das experiências com a sexualidade vividas na escola.