Este artigo relata considerações advindas de investigação bibliográfica e objetiva refletir sobre o habitus professoral na constituição da prática pedagógica dos professores. Esta reflexão possibilita compreender como a trajetória de vida dos professores influencia na constituição do ser professor. São analisados dois conceitos: habitus, segundo a teoria sociológica de Bourdieu; e habitus professoral, apreendido particularmente, em Perrenoud. O resultado deste estudo mostra que a constituição do professor não está delimitada à sua formação e fornece elementos para compreender como o habitus professoral está presente em suas práticas pedagógicas. Foram realizadas entrevistas com professores que afirmaram terem sido influenciados por outros mestres na escolha da profissão, na maneira de agir em sala e que, utilizam ainda hoje, dessas influências, para fazerem-se professores.
Este texto tem por objetivo construir um recorte teórico da estruturação de processos de sociabilidade juvenil a partir dos processos contemporâneos de sociabilidade em redes sociais virtuais, analisando os princípios constituidores das redes sociais como meio de comunicação enquanto construtoras de habitus, tendo como objeto da pesquisa a sociabilidade juvenil, abordando os fluxos de sociabilidade a partir das redes sociais e sua expansão para as redes sociais virtuais. É um texto investigativo de cunho bibliográfico surgido das inquietações e incertezas em torno da sociabilidade juvenil a partir do espaço virtual. Parece-nos plausível que as redes sociais caracterizam-se na atualidade como constituídas e constituidoras de novas formas de interações sociais. Este texto tem como base teórica Bourdieu (1989), Castells (2003), Baechler (1995), Tuner (2000) Recuero (2004) e, Marteleto (2010).
Este trabalho discute as experiências de visibilidade trans (travestis, transexuais, e de outros jovens com experiências de gênero dissidentes) a partir do contexto da educação formal. A metodologia utilizada é a etnografia (on-line e off-line). O referencial teórico é o pós-estruturalista (feminista, pós-colonial e queer). Categorias êmicas como montagem e passar por sãs tomadas como referências para a reflexão. A análise aponta para considerações teórico-práticas que tendem a ampliar os processos de reconhecimento das identidades de gênero na escola.
O presente artigo busca saber se o processo de implantação do PROUCA, em determinado estado brasileiro, atende as demandas de inclusão digital conforme o modelo tecnológico proposto por este mesmo Programa. Assim, foi efetivada a análise do processo de implementação do PROUCA em oito escolas de um estado. A análise dos dados da pesquisa empírica se pautou na abordagem qualitativa. Foram relatados problemas constantes de rede para acesso à Internet, que infere contra a conectividade do Programa. No que se refere à mobilidade e portabilidade apenas uma escola autoriza a saída dos laptops, o que dificulta o processo de imersão na cultura digital. Mesmo com esses problemas, os professores fazem a utilização desses aparatos em suas aulas e afirmam que a implantação do programa foi positiva para o ambiente escolar.
formação de professores para implementação da Lei 11.645/08. O Curso de Formação foi organizado pelo Grupo de Pesquisa e demais órgãos estaduais voltados à formação de professores da Educação Básica. Para o texto, trazemos um recorte dos discursos dos alunos sobre os indígenas para compreender como suas falas evidenciam a visão estereotipada e preconceituosa mato-grossense. O curso e seus desdobramentos oportunizaram aos alunos uma vivência intercultural com os indígenas nos XII Jogos dos Povos Indígenas. A metodologia desta pesquisa é qualitativa. Ao se refletir sobre conceitos de interculturalidade constrói-se um espaço dialógico intercultural que humaniza as relações sociais e oportuniza a educação intercultural escolar.
O presente trabalho tem como objetivo geral analisar a implementação da EAD e institucionalização da UAB nas universidade brasileiras, em especial, na UFT enquanto política de expansão da educação superior.
Pesquisa de mestrado que investigou concepções de aprendizagem de crianças, seus pais e professores na Educação Infantil e 1º ano do Ensino Fundamental. E, identificou concepções de aprendizagem nas DCNEI (2010) e as possíveis implicações diante das concepções de crianças, mães e professores para a Educação Infantil da ESEBA. Estruturamos na abordagem qualitativa e na modalidade de Estudo de Caso. Utilizamos os instrumentos Grupo Focal e análise documental. Aplicamos a técnica de diagnóstico psicopedagógico, par educativo, como ponto de partida. As concepções de aprendizagem dos participantes estão permeadas de imagens e conceitos originários do paradigma tradicional e do interacionista. Ambos os paradigmas se constituem nas ideias e ações de cada um, a partir de suas interações. As concepções não são estáticas, se modificam ao longo da vida. Conjecturamos, sobre a necessidade de a escola dialogar com famílias e professores.
Este trabalho é resultado de pesquisa de mestrado em andamento na modalidade da Educação de Jovens e Adultos (EJA). Inicialmente, pretendemos apresentar os primeiros desafios vividos por Paulo Freire, ainda criança e discorrer sobre a obra “Pedagogia do Oprimido” (1987) com o suporte de outras obras do mesmo autor e uma obra de Rodrigues (2013) que contribui para compreensão do assunto tratado. Estas leituras são imprescindíveis para quem deseja compreender acerca do universo de uma educação popular, de uma prática educativa que transcenda o ensino dos conteúdos e a simples abordagem de disciplinas esvaziadas de sentido. Com estas leituras é possível uma atuação pedagógica politizadora e crítica, voltada para uma educação capaz de alcançar os anseios da classe trabalhadora, buscando desenvolver metodologias condizentes ao ensino para os sujeito da Educação de Jovens e Adultos.
(WARD, 1978; TONUCCI, 1996). Entretanto, estudos mostram a capacidade das crianças transgredirem às imposições dos adultos, transformando os espaços planejados para elas em lugares delas (RASMUSSEN; SMIDT, 2003; CASTRO, 2004). Considerando que cada vez mais crianças têm habitado cidades (BÉNEKER et al, 2010), o principal objetivo do artigo é refletir a respeito das experiências de infâncias urbanas e discutir possibilidades de metodologias de pesquisa com crianças pequenas. A investigação foi realizada com a utilização de métodos visuais e contou com a participação de duas meninas e dois meninos, de cinco anos. Conclui-se, portanto, que a metodologia adotada potencializou o envolvimento das crianças para discutir aspectos relacionados com as suas vivências na cidade.