Livro da Coleção Belamor, apresenta uma coletânea de 15 contos, onde “reflete duas correntes de ocupação humana do Planalto Central: uma, a das tropas, que vinha do Sul do país; outra, a das boiadas, que vinha do Nordeste e que, penetrando em forma de leque por vários caminhos, atingiu o norte, o nordeste e o leste de Goiás, estabelecendo, assim, no Planalto, o ponto de convergência, não só das populações, mas, com elas o contato cultural inevitável, misturando usos e costumes, crenças e tradições, numa legítima simbiose brasileira, ainda em vias de processamento” (palavras do autor).
A obra “apresenta material icnográfico inédito, reafirma a atualidade deste estudo que contempla um grupo social tradicionalmente marginalizado: o caipira. [...] O livro foi dividido em três partes. A primeira é uma reconstrução histórica da sociedade caipira e abrange desde as relações sociais básicas até os meios elementares de subsistência. A segunda, marcadamente antropológica, descreve técnicas de plantio, festas religiosas e a dieta dos parceiros de Bofete, interior de São Paulo. A terceira, de viés sociológico clássico, entre fatores de persistência e mudança, analisa como a expansão da economia capitalista descaracteriza a vida rústica tradicional.” O editor.
O livro apresenta uma seleção de artigos apresentados no simpósio realizado pela Universidade Federal de Goiás, juntamente com o Centro de Estudos do Caribe, as pesquisas são fundamentadas na metodologia da história oral. Os documentos orais foram trabalhados reflexivamente, os fatos narrados expressam a vivência da sociedade, durante a segunda metade do século XX.
As autoras fazem um estudo que propõe analisar a relação existente entre os movimentos de educação de adultos e o seu contexto sócio-político e econômico a partir da Cruzada ABC – Cruzada da Ação Básica Cristã. O interesse das autoras não é a Cruzada ABC em si, mas sim, o que ela sugere a respeito de todos os movimentos de educação de adultos desenvolvidos no Brasil, através da ABC procura-se chegar à dimensão sócio-política dos movimentos, campanhas e programas de educação destinados aos adultos analfabetos.
A obra retrata o período compreendido da “chamada República Liberal em que Getúlio Vargas, Juscelino Kubitschek, Jânio Quadros, João Goulart e outros que desfilaram pelo poder. Trata Também da oposição, tanto a democracia quanto a do grupo de solapadores da democracia que em 1964, finalmente, obteve pleno sucesso ao tomar o poder [...] Examina as características do processo de industrialização e as suas correlações com os setores primário exportador e agropecuário para o abastecimento interno, assim como os desiquilíbrios regionais de desenvolvimento, as migrações internas, o processo de urbanização e as suas consequências econômicas e sociais.[...] Este livro preocupa-se, por isso, com o exame do sistema partidário, do movimento sindical oficial e das organizações sindicais paralelas; com o movimento operário e camponês, as suas mobilizações de protestos, e propostas de reforma agrária, procurando demonstrar a crescente presença popular que procurava agir como agente de transformações. (Palavras introdutórias).
Este livro é composto por seis artigos que “procura abarcar parte da experiência goiana. Usando de instrumentais analíticos diversificados, recorrendo à história, à antropologia, à sociologia e ao urbanismo. A articulação entre mudança da capital e a construção da nação, dentro dos marcos da “Marcha para Oeste”, é tratada de modo aprofundado no Estudo de Eliane M. C. Manso Pereira. O segundo artigo de Candice Vital e Souza, a autora procura analisar os discursos proferidos e os documentos escritos por participantes do processo de construção presentes na cerimônia de inauguração[...] um acontecimento fundamental para compreender a inserção de Goiânia neste projeto de nação levado à frente pelo Estado Novo. [...] no trabalho de Gustavo Neiva Coelho, analisa-se o estilo arquitetônico que a marca Art Déco, procurando mostrar suas ligações, por um lado, com a modernização em curso na sociedade brasileira e, por outro, com o regime autoritário de Getúlio Vargas. A discussão entre progresso e sertão retorna no texto de Luiz Sérgio Duarte da Silva, agora referindo-se à articulação entre a construção de Brasília e a sociedade goiana que a envolvia.[...] Eugênio Rezende de Carvalho, por sua vez, faz um breve balanço da historiografia goiana acerca da construção da nova capital, [...] o autor procura enfatizar a riqueza de análise oferecida pela possibilidade de pensar a nova capital como utopia.[...]O livro encerra com a republicação do trabalho de Francisco Itami Campos, considerado por nós um clássico desta temática. “Mudança da Capital: uma estratégia de poder” procura reconstruir o artifício usado por Pedro Ludovico Teixeira para levar adiante este seu projeto, sempre com discurso que, apelando para conteúdos científicos, procura encobrir objetivos estritamente políticos.( palavras do Organizador da Obra Tarcísio Rodrigues Botelho).
“Essa obra é fruto da dissertação de mestrado Centralismo político e tradição histórica da cidade de Goiás a Goiânia: 1930 – 1978. [...] Nesse trabalho abordamos, entre outros temas, a questão da transferência da capital da cidade de Goiás e em Goiânia, foram levantadas algumas fontes [...]num texto mais acessível, atendendo alunos dos ensinos fundamental e médio. (Editora).
O autor faz um apanhando em busca de reconstruir as histórias e memórias da educação na Paraíba, entre 1961 e 1970, investigando duas campanhas de alfabetização de Jovens e Adultos: O Sistema Rádio-Educativo da Paraíba (Sirepa) – 1959- 1969 – e a Cruzada da Ação Básica Cristã (Cruzada ABC) – 1964/1966- 1970. O autor se utiliza de fontes escritas e orais, teoricamente o autor se inspirou em alguns termos conceituais e Foucaut, com um olhar histórico focado no pré e no pós golpe de 1964 no Brasil.
Essa obra faz parte da monografia do autor, formado em Comunicação pela UFRJ, em 1997. O autor apresenta alguns questionamentos sobre a atuação de alguns movimentos entre eles qual foi a “Contribuição do MEB? Por que o Projeto Minerva não teve continuidade? O que foi o Sistema de Rádio Educativo Nacional?” a resposta a estas questões são apresentadas no decorrer da leitura.