Este artigo teve como objeto de pesquisa a análise da discussão que existe sobre a diversidade cultural no ambiente escolar, com foco na visão dos gestores e nas ações voltadas à formação docente e às práticas pedagógicas. Para tanto, construiu-se uma reflexão teórica inscrita na interculturalidade e na formação para a diversidade cultural. A pesquisa foi de caráter qualitativo e utilizou, como instrumento de coleta dos dados, entrevistas semiestruturadas realizadas com oito gestores da rede pública de ensino. Os resultados sugerem, para alguns entrevistados, que a diversidade no ambiente escolar é algo que vem sendo discutido de forma aberta, com a participação da comunidade interna e externa, constando até como parte do currículo da escola. No entanto, para outros entrevistados a diversidade cultural ainda é algo a ser discutido de maneira mais objetiva, que rompa barreiras.
Este artigo apresenta reflexões sobre a formação de professores que, a partir da década de 70 com a Terceira Revolução Industrial e a introdução da produção Flexível, vem convivendo com uma nova conformação material da produção capitalista. A partir do entendimento de que no processo de trabalho as relações estabelecidas resultam de diversas determinações históricas, que são contraditórias e devem ser consideradas no processo como uma sucessão de movimentos, pretende-se compreender as ideias neoliberais marcadas pela prática reflexiva, e como são valorizadas pelos sujeitos, particularmente na profissão de professores\\as. Os procedimentos, as técnicas e os instrumentos foram utilizados com o intuito de apreender a dinâmica do movimento da formação de professores na tentativa de identificação, ao menos preliminar, do não atendimento da expectativa de excelência exigida pelo mercado.
O estudo parte de reflexões propostas acerca das representações socioespaciais da cidade, segundo crianças (SILVA, 2014), e de intervenções na perspectiva da Educação Patrimonial desenvolvidas pelo projeto de extensão de uma Universidade Federal do Centro-Oeste. Inspirouse na abordagem ontogenética das Representações Sociais, tendo como referência trabalhos de Duveen (1995), Castorina; Kaplan (2003), Castorina (2010) no diálogo com a Teoria Histórico- Cultural (VIGOTSKI, 2010), e os estudos de Aguiar e Ozela (2006) e Prestes (2010), como os debates da Sociologia da Infância (SARMENTO, 2007). Objetiva-se investigar, a partir da oficina Bate Bola na Mandioca – Circuito Cultural Setembro Freire 2013, significações de alunos entre 14 a 15 anos acerca da cidade de Cuiabá. Os dados coletados foram analisados por meio das técnicas de análise do conteúdo (BARDIN, 1977) e análise compreensiva.
Este artigo foi elaborado em torno de estudos sobre a importância do envolvimento do gestor na educação para o trânsito. Tal estudo de natureza bibliográfica e documental se caracteriza por uma abordagem qualitativa e quantitativa
O trabalho parte de estudos no campo da educação infantil e reporta-se ao papel da gestão na organização da proposta curricular e das ações planejadas nos espaços e tempos das instituições educativas.
Neste artigo apresento parte das reflexões traçadas numa pesquisa de mestrado que intenciona compreender os limites e aproximações entre a ética, as novas tecnologias da informação e comunicação e a educação. Discute-se a exigência de um novo posicionamento do profissional da educação (o professor como educador moral) neste inovador cenário desenhado e engendrado pelas tecnologias recentes e o seu impacto no desenvolvimento moral dos alunos adolescentes inseridos em contexto escolar. O referencial teórico e metodológico é a teoria do desenvolvimento moral de Kohlberg, constituindo uma produtiva ferramenta para o professor analisar sua prática pedagógica e avaliar a sua contribuição para o desenvolvimento moral dos alunos adolescentes.
Neste artigo analisamos a constituição da educação do campo em dois assentamentos rurais no estado de Mato Grosso, a partir de um projeto de pesquisa/extensão, de metodologia participativa, que visou identificar concepções, desafios e perspectivas em relação à educação do campo e explicitar as interconexões entre projeto educativo e projeto de desenvolvimento social do campo. As análises sustentam-se em Caldart (2008), Molina e Sá (2011), Arroyo (2007), Marx (2001). Os resultados apontam a existência de um movimento inicial de constituição de uma concepção de educação do campo que extrapola a escola e se caracteriza pela especificidade local, diversidade de saberes e relação entre trabalho e educação. Cabe fortalecer este movimento rumo a um projeto coletivo consistente, que vislumbre a transformação da educação e a emancipação dos trabalhadores do campo.
O artigo é fruto da dissertação de mestrado defendida em 2013, no PPGE da UFMT. Embasados nos pressupostos da pesquisa qualitativa de perspectiva materialista histórica dialética, realizamos uma pesquisa qualitativa na Escola Estadual Mário Duílio Evaristo Henry, localizada no Assentamento Sadia/Vale Verde, município de Cáceres- MT. Os sujeitos da nossa investigação foram os educandos e educandas do Ensino Médio da única escola estadual. A coleta de dados foi realizada com questionário e entrevistas semiestruturadas. O trabalho visa refletir sobre a concepção dos sujeitos sobre o campo e escola do campo. Isto porque, buscamos analisar a compreensão dos educandos e educandas sobre o fenômeno da Educação do Campo, visto que há intensa movimentação a caminho da construção desta educação na escola, bem como no município de Cáceres-MT.
Este trabalho apresenta parte de pesquisa concluída, que estudou a justiça curricular delineada na relação currículo, educação e justiça, investigada nos aportes da sociologia da educação e da ciência política e jurídica, no contexto de um novo contrato educativo, reinventado em finais do século XX, para atender às demandas da escola para todos. A metodologia desta investigação, nos limites aqui impostos, ancorou-se no método do estudo comparado ao apresentarmos um recorte de análise desenvolvida nos documentos curriculares locais. Pressupomos que a noção de democracia, a depender de sua configuração nos documentos curriculares, permite interpretações das possibilidades, ou não, de que opere uma ideia de justiça curricular.