O objetivo deste texto é evidenciar as atividades da Prática como Componente Curricular (PCC) da disciplina de Educação Física Adaptada, desenvolvidas no primeiro semestre de 2012, numa escola privada da cidade de Garças-MT. Esta pesquisa situa-se no campo qualitativo, utilizando-se da observação participante, de fontes bibliográficas e documentais. Dentre os aspectos mais importantes ocorridos, destacamos as visões iniciais e estereotipadas dos acadêmicos acerca da deficiência e do deficiente que se alteraram de forma significativa no decorrer da PCC, assim como as trocas de experiências estabelecidas entre todos os sujeitos envolvidos. Concluiu-se que a PCC se faz necessário nas licenciaturas, oportunizando aos graduandos contato direto com a realidade e a aquisição de competências necessárias à prática educativa.
Este estudo parte da problemática das relações conflitivas entre os saberes e fazeres biomédicos e os saberes e fazeres da saúde indígena, tendo por referência a análise da realidade apontada em pesquisas com cursos de formação de enfermeiros na Universidade Federal de Mato Grosso. A inclusão do indígena na universidade evidencia a relevância da formação em saúde para os povos indígenas do estado. A pesquisa bibliográfica exploratória realizou-se com o objetivo de levantar a relação entre a educação e a saúde indígena, e foram analisados estudos realizados a partir do programa que visa incluir indígenas no ensino superior. Os dados evidenciam a demanda de formação dos formadores na perspectiva freiriana e educação intercultural, pois visa o reconhecimento do outro, superando a relação de poder estabelecida mesmo quando se objetiva a inclusão social indígena.
Este texto apresenta estudos feitos em três Secretarias Estaduais da Educação. O objetivo da pesquisa foi diagnosticar as diretrizes e as ações pedagógicas estruturantes que permeiam os projetos na formação inicial e continuada de servidores e docentes da educação profissional. Aplicamos questionários e realizamos observações diretas.
Objetiva apresentar alguns elementos presentes na constituição do curso de enfermagem na UFMT, elencando determinadas convergências que o aproximam da considerada primeira escola de enfermagem moderna. Há uma série de emblemas e singularidades ideológicas nessa escola que caracterizou a identificação da profissão, ocorrências essas com grandes desvantagens, sobretudo à população negra - mulher negra, reincidindo em partes sobre a saúde dessa população. Trata-se de estudo exploratório descritivo de abordagem qualitativa amparado em alguns conceitos metodológicos explicitados por Minayo (2013). Parte do estudo está sendo realizado por meio de analise documental. A experiência do Brasil calcado na formação de profissionais em enfermagem aos moldes da Escola de Enfermagem Ana Nery também se fez presente em MT, a partir da institucionalização em 1975 do curso de enfermagem na UFMT.
Este texto pretende apresentar as conclusões preliminares de um ensaio de análise sobre o ensino secundário realizado a partir das teses e dissertações localizadas na base de dados da Biblioteca Digital de Teses e Dissertações – BDTD, entre 2004 e 2014.
Este artigo tem como foco a reflexão sobre a concepção e a prática docente no trabalho com a matemática nos anos iniciais do ensino fundamental, bem como a análise do conhecimento matemático dos docentes envolvidos neste projeto. Este estudo apóia-se no paradigma qualitativo, investigando a ação e o movimento de reflexão dos participantes nas situações trabalhadas. A perspectiva histórico-cultural de Vigotski deu-nos o suporte teórico para o desenvolvimento desta proposta pedagógica. O projeto foi promovido pela Secretaria Estadual de Educação de Mato Grosso (SEDUC-MT) e nomeado de Programa Alfabeletrar: Jornada de Mato Grosso sendo desenvolvido e elaborado pelos professores de Pedagogia, Língua Portuguesa e Matemática dos 15 CEFAPROs (Centros de Formação e Atualização de Profissionais da Educação) de Mato Grosso.
Este estudo apresenta as razões do poder executivo, quando da adoção das políticas neoliberais, que também se explicitaram com os vetos das metas 2, 24, 26 e 29 do Plano Nacional de Educação 2001-2010.
O exame de textos acadêmicos que versam sobre educação escolar indígena permite-nos constatar que, em sua ampla maioria, centram-se em aspectos normativos, ou seja, discorrem sobre a ampla legislação que trata da questão, formulada posteriormente a Constituição Federal de 1988. No entanto, verifica-se que textos oriundos e construídos nas conferências a partir das necessidades educacionais indígenas são obliterados.
Este trabalho é o relato de recorte do meu estudo de pós-doutoramento o qual analisa processos subjetivos e criativos em um grupo de professoras da SEDF em situação de formação continuada na perspectiva de uma aprendizagem criativa. Tal excerto foca-se nas concepções de trabalho pedagógico criativo e aprendizagem criativa (MITJÁNS MARTÍNEZ, 2008) e do sistema didático integral para contribuir ao desenvolvimento da criatividade (Idem, 1997). No primeiro semestre deste ano, esta turma vivenciou uma formação ministrada por mim à luz das concepções supracitadas objetivando que a formação possibilitasse aprendizagens mais compreensivas e mais significativas, por meio de estratégias criativas e diversificadas. Espera-se que esta experiência contribua para o enriquecimento do trabalho pedagógico dos professores proporcionando apropriações significativas dos saberes escolares por parte dos alunos.
O presente texto apresenta parte da pesquisa que investiga como o negro é retratado nos livros didáticos de História dos Anos Iniciais do Ensino Fundamental adotados nas escolas da rede municipal de Ladário-MS após a obrigatoriedade do ensino de história e cultura afro-brasileira estabelecidas na Lei 10.639/03. Aborda-se o percurso histórico do livro didático no Brasil e a proposta do Plano Nacional do Livro Didático (PNLD). As análises preliminares apontam que os livros didáticos adotados, apesar de aprovados pelo PNLD, não estão de acordo com a proposta do edital de seleção, pois retratam os negros apenas como pessoas que vieram para o Brasil como escravas e que trouxeram com elas comidas, danças típicas e palavras de mesma origem. O negro não é representado em nenhum outro contexto de trabalho a não ser o trabalho escravo. Busca-se com esse estudo apontar não apenas o fato de que os negros não têm suas imagens valorizadas nos livros didáticos, mas despontar as várias tensões que permeiam esta ocorrência.