formação de professores para implementação da Lei 11.645/08. O Curso de Formação foi organizado pelo Grupo de Pesquisa e demais órgãos estaduais voltados à formação de professores da Educação Básica. Para o texto, trazemos um recorte dos discursos dos alunos sobre os indígenas para compreender como suas falas evidenciam a visão estereotipada e preconceituosa mato-grossense. O curso e seus desdobramentos oportunizaram aos alunos uma vivência intercultural com os indígenas nos XII Jogos dos Povos Indígenas. A metodologia desta pesquisa é qualitativa. Ao se refletir sobre conceitos de interculturalidade constrói-se um espaço dialógico intercultural que humaniza as relações sociais e oportuniza a educação intercultural escolar.
Este artigo teve como objeto de pesquisa a análise da discussão que existe sobre a diversidade cultural no ambiente escolar, com foco na visão dos gestores e nas ações voltadas à formação docente e às práticas pedagógicas. Para tanto, construiu-se uma reflexão teórica inscrita na interculturalidade e na formação para a diversidade cultural. A pesquisa foi de caráter qualitativo e utilizou, como instrumento de coleta dos dados, entrevistas semiestruturadas realizadas com oito gestores da rede pública de ensino. Os resultados sugerem, para alguns entrevistados, que a diversidade no ambiente escolar é algo que vem sendo discutido de forma aberta, com a participação da comunidade interna e externa, constando até como parte do currículo da escola. No entanto, para outros entrevistados a diversidade cultural ainda é algo a ser discutido de maneira mais objetiva, que rompa barreiras.
Este estudo parte da problemática das relações conflitivas entre os saberes e fazeres biomédicos e os saberes e fazeres da saúde indígena, tendo por referência a análise da realidade apontada em pesquisas com cursos de formação de enfermeiros na Universidade Federal de Mato Grosso. A inclusão do indígena na universidade evidencia a relevância da formação em saúde para os povos indígenas do estado. A pesquisa bibliográfica exploratória realizou-se com o objetivo de levantar a relação entre a educação e a saúde indígena, e foram analisados estudos realizados a partir do programa que visa incluir indígenas no ensino superior. Os dados evidenciam a demanda de formação dos formadores na perspectiva freiriana e educação intercultural, pois visa o reconhecimento do outro, superando a relação de poder estabelecida mesmo quando se objetiva a inclusão social indígena.
Este trabalho analisa proposições de diálogos interculturais no currículo curso de Pedagogia, acordo Brasil-Japão, dando centralidade às disciplinas relativas à área das ciências naturais. O referido curso foi ofertado para brasileiros (decasséguis) que estavam atuando como docentes no Japão. Partiu-se do entendimento de que se o Projeto Pedagógico do referido curso assumiu a diversidade como princípio dinamizador do currículo, sua configuração deve expressar proposições interculturais. As análises indicam movimentos na perspectiva de diálogos entre ocidente e oriente, porém, com predomínio da visão ocidental da ciência.
Este texto apresenta parte dos resultados de uma pesquisa financiada pela capes. A pesquisa teve como objetivo mapear o desenho institucional construído para a implementação das políticas de igualdade racial no âmbito educacional, no município do Recife, analisando as representações construídas sobre alguns conceitos que permeiam o campo de discussão sobre as relações raciais ao mesmo tempo em que buscava desvelar as lutas e tensões no processo de materialização destas políticas.
A conquista do indígena brasileiro ao direito à escolarização remete à concretização de um desafio cotidiano, visto que, a concepção de escola deveria refletir o pensamento de cada etnia, os próprios processos de aprendizagem e de difusão do saber e o ensino da língua materna enquanto elemento identitário. Em outras palavras, essa reflexão poderia ser entendida como os pilares da resistência de cada povo.
O presente artigo tem como objetivo compreender as atividades culturais que envolvem a literatura marginal/periférica e o sarau como práticas de Educação Intercultural no Sarau do Mesquiteiros, realizado em uma escola estadual na periferia paulistana, por meio de entrevistas individuais semiestruturadas e das práticas culturais apresentadas pelos participantes do coletivo cultural Os Mesquiteiros.
O texto tem por objetivo compreender de que modo podemos pensar uma educação intercultural como propositora do experimental e da participação na coletividade, a partir da arte de Hélio Oiticica considerando que já temos vivenciado a exaustão de modelos educacionais nas práticas educativas atuais.
O artigo em questão apresenta reflexões acerca da relevância do pensamento de Paulo Freire com vistas à abertura de sendas possíveis para a instauração da interculturalidade crítica, no mundo das escolas e demais organizações sociais.