O presente trabalho procura apresentar uma análise contemplando o período histórico da década de 1990 dos Referenciais Curriculares da Educação Infantil - RCNEI publicado em 1998, estabelecendo como base de estudo em História da Educação Brasileira e, busca compreender qual a concepção de infância presente no documento que se constitui como o primeiro RCNEI para a faixa etária dos 0 aos 6 anos.
O presente trabalho objetiva compreender os significados que um professor de crianças pequenas atribui às suas experiências de infância, vividas no contexto escolar, que remetem às relações entre crianças e adultos, de gênero e à sexualidade. Participa da pesquisa um professor de Educação Infantil, da rede pública de ensino do município de Rondonópolis, Mato Grosso. O viés metodológico desta pesquisa é a história oral, visto que as narrativas são marcadas por um processo de reflexão que leva o participante a rememorar sua vida e histórias, ancoradas em um assunto específico: a infância a partir das experiências com a sexualidade vividas na escola.
Este trabalho tem o objetivo de refletir sobre a concepção de infância enquanto devircriança, uma infância sem idade, uma infância enquanto pura experiência, como o artista que no momento da criação de sua obra é imerso em oposições de conflito e harmonia, como um jogo, no qual, a vitória é a unicidade que gera a obra, sendo que não podemos discernir entre artista e obra, os dois se fundem numa mesma criação. Nesse sentido, queremos mostrar a infância como invenção/criação, como no jogo da necessidade que constrói e destrói e começa novamente o jogo. Queremos apontar a infância que faz experimentos de si mesma, sendo a cada momento um efetuar-se, um jogar-se um libertar-se. Dessa maneira, buscaremos a partir da filosofia de Heráclito e de Nietzsche compreender o conceito de devir e de tempo para que melhor possamos entender essa infância que estamos propondo.
O trabalho parte de estudos no campo da educação infantil e reporta-se ao papel da gestão na organização da proposta curricular e das ações planejadas nos espaços e tempos das instituições educativas.
Este estudo apresenta uma discussão sobre o modo como as competências das crianças são destacadas no cenário escolar levando em consideração as interações que estas estabelecem entre si e com os adultos em presença. O grupo de crianças que participou desta investigação frequenta o terceiro ano do ensino fundamental da rede municipal de Cuiabá-MT. O referencial teórico é fundamentado na Teoria históricocultural (VIGOTSKI, 1989) e na Sociologia da infância (JENKS, JAMES & PROUT, 1998). A metodologia adotada foi a etnografia e o procedimento a observação participante. Os resultados indicam que a significação da competência atribuída pelos professores está associada ao bom comportamento e domínio dos conteúdos. Nas relações entre pares a significação da competência foi associada a um número maior de habilidades além da influência das competências valorizadas pelos professores.
Este texto é parte da pesquisa de mestrado realizada pelo Programa de Pós- Graduação em Educação cuja temática voltou-se para a criança e a infância na perspectiva da formação docente indígena. Este trabalho apresenta o que professores indígenas da Etnia Gavião Ikólóéhj assumiram ter estudado acerca da infância e criança nos cursos Licenciatura em Educação Básica Intercultural e Magistério Indígena Projeto Açaí II, e o que as propostas curriculares desses cursos apresentam sobre o tema. A abordagem metodológica foi qualitativa de tipo etnográfico. Os instrumentos utilizados para a coleta dos dados apresentados neste texto foram entrevistas semiestruturadas e análise documental das propostas curriculares dos cursos. Na análise das propostas dos cursos e nos relatos dos professores indígenas constatou-se que pouco se planejou para realizar estudos com os alunos/professores acerca do tema.
O presente estudo teve início com a realização de uma pesquisa no Arquivo Público de Mato Grosso, sobre a infância pobre em Mato Grosso na Segunda metade do Século XIX.
A pesquisa tem como temas a constituição da infância, sexualidade da criança, generificação da infância e atos normativos, sendo seu objeto a infância sexuada e generificada nos documentos legais e oficiais em vigência no Brasil. Os objetivos foram selecionar documentos legais e oficiais relativos às crianças, à sexualidade e ao gênero; identificar a infância sexuada e generificada nesses documentos; e, analisar como ocorre a constituição da infância nos documentos. Pesquisamos os documentos em sítios governamentais e utilizamos uma ficha de análise documental elaborada para a realização do estudo que se fundamenta em perspectivas pós-estruturalistas e pressupostos foucaultianos. Com os achados da pesquisa verificamos que as problematizações levantadas podem auxiliar na elaboração de novos documentos e de novas maneiras de ser.