É notável a alteração que tem ocorrido nos estudos que contemplam a diversidade da sociedade brasileira. Àqueles que privilegiam um olhar para as classes sociais, os aspectos políticos, em uma abordagem macro, somam os que desejam recortar experiências sociais e históricas de sujeitos dantes desprivilegiados, como exemplo, os pretos, os indígenas, as pessoas com necessidades especiais e as mulheres, em uma abordagem micro, em uma abordagem histórico-cultural, dando voz às pessoas comuns.
A partir dos anos de 1990, as propostas de inclusão têm se intensificado. Nesse sentido, as políticas e projetos com vistas à Educação para Todostêm ganhado destaque no cenário mundial. Este mesmo período data o início do Movimento de Articulação por uma Educação do Campo no Brasil principiada pelos movimentos sociais e por entidades de organizações sociais (ARROYO; CALDART; MOLINA, 2004).
Partimos do pressuposto de que o ser social (Netto& Braz, 2008) resulta das relações com os outros homens por meio do trabalho e também de sua objetividade com a natureza, pressupondo-se, por conseguinte, a importância de presença de áreas florestais para a sua existência, de modo que a destruição de áreas naturais pelo capital pode também implicar a eliminação do próprio ser social que se constitui o homem.
O tema da deficiência e da inclusão de pessoas com necessidades especiais vem se revestindo de importância cada vez maior na sociedade contemporânea, que se pretende tornar inclusiva, a partir de documentos e de ampla discussão acadêmica e no âmbito das organizações sociais e das políticas públicas.
A Educação do campo constitui-se num paradigma de educação que comporta uma teoria e uma pedagogia embasada em princípios filosóficos, sociológicos, políticos e pedagógicos que se ancoram, na Educação Popular inspirada em Paulo Freire, nos pensadores da educação socialista ena chamada pedagogia do movimento.
O presente ensaio pretende caracterizar algumas práticas educativas da educação infantil na perspectiva das reivindicações por uma educação do campo no Estado de Sergipe. Os resultados aqui apresentados compõem o processo inicial do projeto de pesquisa apresentado e aprovado ao Programa de Mestrado em Educação da Universidade Federal de Sergipe.
O conhecimento sobre a Amazônia e a inquietação sobre seus aspectos sociais ganham mais visibilidade na pesquisa, contribuindo também para a formação dos educadores, incitando a busca por conhecimento acerca das práticas vivenciadas tanto na comunidade, quanto na escola, visando desencadear uma proposta pedagógica na qual se considere o multiculturalismo nas escolas amazônicas.
Neste artigo, a discussão envolvendo os jovens e a escola incursiona-se pelas correntes geracional e classista,que tem referendado conceitos sobre a juventude.Os estudos de Pais (1990) fazem a critica à representação de juventude construída pela ciência moderna - que apresenta juventude como tema oscilante: ora centrada em um conjunto organizado de acordo com a faixa etária, situada entre a geração de infantes e de adultos (corrente geracional), ora como um conjunto social necessariamente diversificado, em função de seus pertencimentos de classe (corrente classista). Ambas as categorias, no entender de Pais (opcit), oferecem representações sobre juventude, a partir de um ponto de vista de segmentos sociais dominantes, que tem na socialização os principais critérios definidores do conceito de juventude.