O autor faz uma discussão dos movimentos de cultura e cultura popular nascidos em 1960, destacando o diferencial qualitativo em relação as campanhas contra o analfabetismo realizadas desde os anos de 1940, segundo o autor o que faz esse diferencial é o compromisso assumido em favor das classes populares, urbanas e rurais. O foco do livro é o MEB – Movimento de Educação de Base, que expressa o deslocamento da igreja Católica em favor das classes populares, as propostas de educação de base iniciadas no MEB são bastante tradicionais inicialmente, mas após dois anos de existência o movimento dá um salto, redefinindo seus objetivos e reviu sua metodologia em função de uma nova opção ideológica.
As autoras fazem um estudo que propõe analisar a relação existente entre os movimentos de educação de adultos e o seu contexto sócio-político e econômico a partir da Cruzada ABC – Cruzada da Ação Básica Cristã. O interesse das autoras não é a Cruzada ABC em si, mas sim, o que ela sugere a respeito de todos os movimentos de educação de adultos desenvolvidos no Brasil, através da ABC procura-se chegar à dimensão sócio-política dos movimentos, campanhas e programas de educação destinados aos adultos analfabetos.
O autor buscou fazer no livro, um pensamento a partir de Paulo Freire, pensando o trabalho político da prática pedagógica, a partir de pensamentos e discussões em cima de problemas teóricos e práticos que encontrados junto aos círculos de educandos, entre eles, favelados de Lima, Índios e mestiços do altiplano equatoriano, operários de petróleo na periferia de Caracas, moradores proletários das cercanias de Buenos Aires, camponeses expropriados de Goiás.
A coletânea reúne artigos de vários autores que relatam sobre a experiência de educação popular através do Movimento de educação de Base – MEB, realizada em Marabá de 1971 a 1996, por meio de escolas radiofônicas, com depoimentos de alfabetizandos e alfabetizadores que participaram do movimento.
A autora analisa os desafios do educador que busca analisar a prática pedagógica, especialmente em se tratando da prática educativa não escolar, tendo que dominar a teoria e a metodologia e examinar diferentes problemas vinculados à questão educativa. A autora busca analisar a “pedagogia do engajamento” desenvolvida pelo MEB/CEBs junto ao campesinato Cearence, empreendendo uma pesquisa que envolve a questão agrária, a inserção do camponês no modo de produção capitalista, a diferença sócio-economica do camponês, a descoberta da relação entre saber e poder na pedagogia do engajamento, o desafio para se concretizar uma consciência de classe do campesinato e a Igreja católica e sua influencia formas de ação pedagógica. Todas as questões desembocam na discussão da educação popular.
O caderno traz discussões e reflexões com o objetivo de rever as experiências do MEB, expandindo as reflexões do trabalho realizado junto às comunidades em que atuava, procurando fazer um aprofundamento do método utilizado para o trabalho, e buscando encontrar saídas para as questões que dificultavam o trabalho de educação popular, melhorando assim a atuação do movimento.
O livro conta a história do MEB por meio do registros de memória de pessoas que dele participaram, são relatos e debates delimitados no tempo que vai de 1961 a 1966, ou seja, os primeiros cinco anos de existência do MEB. O MEB nesse período foi considerado um dos movimentos de educação popular, mais representativos entre os vários movimentos que mobilizaram militantes que acreditavam em uma transformação da sociedade.
O autor faz um estudo analítico de aspectos do Movimento de educação de Base (MEB), no período de 1961 a 1965, movimento considerado pelo autor como um dos mais importantes na história das transformações sociais do Brasil. Mostra como o trabalho do MEB foi eficaz na capacitação e conscientização dos alunos, monitores e animadores do campo.
O Livro conta a história da Ação Popular, criada três anos antes do Golpe militar, em 1971 por setores progressistas ligados à Igreja Católica. O autor ao escrever o Movimento busca não apenas resgatar uma experiência, mas mostrar que os problemas vividos na AP em suas lutas ideológicas têm atualidades no Brasil de hoje. O autor faz um relato que debate os principais problemas ideológicos com que se defrontou a esquerda brasileira de 1961 a 1972.
O livro apresenta sete artigos de pessoas envolvidas em projetos, experiências e movimentos ocorridos na década de 1960, momento em que se começou a criar um espaço de prática política e popular por meio da educação, com importante participação de Paulo Freire, que cria um Método de alfabetização que se espalha pelas regiões brasileiras.