A obra trata da questão da Cultura Popular no Brasil, a autora trabalha a temática refutando a ideia de que a Cultura Popular seja uma totalidade fechada e monolítica que se contrapõe à cultura ilustrada, segundo ela, trata-se de um conjunto de práticas ambíguas e dispersas, com lógica própria, que se realiza nas brechas da cultura dominante, recusando-a, aceitando-a ou conformando-se com ela, caracterizando assim como um misto de conformismo e resistência.
As autoras apresentam uma análise do Movimento de Educação de Base (MEB), no período compreendido entre 1961 a 1967, iniciando pelos fatores que consideram ter contribuído para o surgimento do movimento no contexto social brasileiro, buscando captar a concepção de realidade, de educação de base e de cultura popular. As autoras centram no trabalho realizado no Estado do Maranhão fazendo um apanhado histórico buscando reconstruir a prática.
Este texto nasce das reflexões extraídas de curso ministrado na UFU pelo Professor Carlos Rodrigues Brandão, somadas a uma pesquisa documental e entrevista semiestruturada realizada pelos autores acerca dos traços da cultura africana, na cidade de Uberaba (MG). O problema central desta pesquisa é realizar uma análise acerca da forte presença da etnia africana nos hábitos, costumes, crenças, no município de Uberaba. A pesquisa aponta importantes marcas culturais de raízes africanas que auxiliam, sobremaneira, na formação cultural e aspectos históricos que definem a identidade cultural da população de Uberaba.