O artigo em questão apresenta reflexões acerca da relevância do pensamento de Paulo Freire com vistas à abertura de sendas possíveis para a instauração da interculturalidade crítica, no mundo das escolas e demais organizações sociais.
O texto tem por objetivo compreender de que modo podemos pensar uma educação intercultural como propositora do experimental e da participação na coletividade, a partir da arte de Hélio Oiticica considerando que já temos vivenciado a exaustão de modelos educacionais nas práticas educativas atuais.
O presente artigo tem como objetivo compreender as atividades culturais que envolvem a literatura marginal/periférica e o sarau como práticas de Educação Intercultural no Sarau do Mesquiteiros, realizado em uma escola estadual na periferia paulistana, por meio de entrevistas individuais semiestruturadas e das práticas culturais apresentadas pelos participantes do coletivo cultural Os Mesquiteiros.
A conquista do indígena brasileiro ao direito à escolarização remete à concretização de um desafio cotidiano, visto que, a concepção de escola deveria refletir o pensamento de cada etnia, os próprios processos de aprendizagem e de difusão do saber e o ensino da língua materna enquanto elemento identitário. Em outras palavras, essa reflexão poderia ser entendida como os pilares da resistência de cada povo.
Este texto apresenta parte dos resultados de uma pesquisa financiada pela capes. A pesquisa teve como objetivo mapear o desenho institucional construído para a implementação das políticas de igualdade racial no âmbito educacional, no município do Recife, analisando as representações construídas sobre alguns conceitos que permeiam o campo de discussão sobre as relações raciais ao mesmo tempo em que buscava desvelar as lutas e tensões no processo de materialização destas políticas.
Este trabalho analisa proposições de diálogos interculturais no currículo curso de Pedagogia, acordo Brasil-Japão, dando centralidade às disciplinas relativas à área das ciências naturais. O referido curso foi ofertado para brasileiros (decasséguis) que estavam atuando como docentes no Japão. Partiu-se do entendimento de que se o Projeto Pedagógico do referido curso assumiu a diversidade como princípio dinamizador do currículo, sua configuração deve expressar proposições interculturais. As análises indicam movimentos na perspectiva de diálogos entre ocidente e oriente, porém, com predomínio da visão ocidental da ciência.
Este estudo parte da problemática das relações conflitivas entre os saberes e fazeres biomédicos e os saberes e fazeres da saúde indígena, tendo por referência a análise da realidade apontada em pesquisas com cursos de formação de enfermeiros na Universidade Federal de Mato Grosso. A inclusão do indígena na universidade evidencia a relevância da formação em saúde para os povos indígenas do estado. A pesquisa bibliográfica exploratória realizou-se com o objetivo de levantar a relação entre a educação e a saúde indígena, e foram analisados estudos realizados a partir do programa que visa incluir indígenas no ensino superior. Os dados evidenciam a demanda de formação dos formadores na perspectiva freiriana e educação intercultural, pois visa o reconhecimento do outro, superando a relação de poder estabelecida mesmo quando se objetiva a inclusão social indígena.
Este artigo teve como objeto de pesquisa a análise da discussão que existe sobre a diversidade cultural no ambiente escolar, com foco na visão dos gestores e nas ações voltadas à formação docente e às práticas pedagógicas. Para tanto, construiu-se uma reflexão teórica inscrita na interculturalidade e na formação para a diversidade cultural. A pesquisa foi de caráter qualitativo e utilizou, como instrumento de coleta dos dados, entrevistas semiestruturadas realizadas com oito gestores da rede pública de ensino. Os resultados sugerem, para alguns entrevistados, que a diversidade no ambiente escolar é algo que vem sendo discutido de forma aberta, com a participação da comunidade interna e externa, constando até como parte do currículo da escola. No entanto, para outros entrevistados a diversidade cultural ainda é algo a ser discutido de maneira mais objetiva, que rompa barreiras.
formação de professores para implementação da Lei 11.645/08. O Curso de Formação foi organizado pelo Grupo de Pesquisa e demais órgãos estaduais voltados à formação de professores da Educação Básica. Para o texto, trazemos um recorte dos discursos dos alunos sobre os indígenas para compreender como suas falas evidenciam a visão estereotipada e preconceituosa mato-grossense. O curso e seus desdobramentos oportunizaram aos alunos uma vivência intercultural com os indígenas nos XII Jogos dos Povos Indígenas. A metodologia desta pesquisa é qualitativa. Ao se refletir sobre conceitos de interculturalidade constrói-se um espaço dialógico intercultural que humaniza as relações sociais e oportuniza a educação intercultural escolar.