O presente trabalho é um recorte de uma pesquisa cujo objeto de estudo foi a análise de como a participação dos estudantes de escolas públicas pode contribuir para os processos de qualificação da/na escola.
Este trabalho discute as experiências de visibilidade trans (travestis, transexuais, e de outros jovens com experiências de gênero dissidentes) a partir do contexto da educação formal. A metodologia utilizada é a etnografia (on-line e off-line). O referencial teórico é o pós-estruturalista (feminista, pós-colonial e queer). Categorias êmicas como montagem e passar por sãs tomadas como referências para a reflexão. A análise aponta para considerações teórico-práticas que tendem a ampliar os processos de reconhecimento das identidades de gênero na escola.
O presente artigo é o resultado de uma pesquisa concluída em 2011, de cunho bibliográfico, tendo como problema central apreender a expansão da educação básica no Brasil em sua estreita relação com o capital, o trabalho e a educação. Busca apresentar a lógica que fundamenta as ações do capital, dos trabalhadores e do Estado relativas à escola. O referencial teórico é o gramsciano referente ao americanismo e fordismo, segundo o qual toda particularidade histórica exige uma formação específica dos indivíduos, cabendo às diferentes escolas e aos diferentes intelectuais exercerem essa função em uma sociedade de classes. Os resultados encontrados permitem afirmar que, no Brasil, o processo de expansão industrial e de urbanização desordenada gestou as contradições urbanas e, nas lutas populares, o acesso à escola ganhou centralidade.
O presente trabalho tem como referência a pesquisa realizada sobre a trajetória intelectual de Luiz Pereira, cujo objetivo foi compreender o percurso acadêmico desse autor que percebeu a escola como o lugar para investigar a questão da resistência aos processos de modernização propostos para a sociedade brasileira ao longo da primeira metade do século XX. Por meio da análise realizada sobre a obra “A Escola numa Área Metropolitana – crise e racionalização de uma empresa pública de serviços (1967)”, apresentamos, neste trabalho, os argumentos e recursos criados por Luiz Pereira para discutir a escola como lugar social capaz de promover, de modo racional, o encontro de gerações que participam de modo diferenciado da vida urbano-industrial, provocando conflitos e tensões considerados, pelo autor, como vetores explicativos das deficiências e avanços do meio educacional.
Para entendermos as relações das reformas curriculares no Brasil, em finais do século XX, década de 1990, objetivadas em uma política de escola, pautada na regulação do conhecimento distribuído, tomamos os documentos curriculares nacionais, isto é, os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN) para o Ensino Fundamental e os Referenciais Nacionais Curriculares para a Educação Infantil, como territórios de análise. A eleição dos documentos curriculares citados, objetiva buscar as expressões de reestruturação das escolas e de inovação estratégica de distribuição de conhecimentos. Tal objetivo está ancorado na hipótese de que essas expressões são formas neoliberais, neoconservadoras e neogerenciais, disciplinadas pelo mercado e pelo capital, que atuam diretamente no processo de seleção e distribuição de conhecimentos em uma espécie de solidariedade social e democracia ativa.
O trabalho apresenta a tese “Cultura e conhecimento na escola”, defendida em 2013, delineando seus objetivos gerais e focando em dois pontos específicos ali desenvolvidos. Os objetivos gerais envolvem três dimensões: a pesquisa histórica sobre a escola, a discussão filosófica da escola e da educação, e, por último, as consequências para a prática do professor de filosofia.