A educação pode ser instrumento tanto para manutenção como para transformação do ser humano e da sociedade. O fato é que, como nos alerta Brandão (2011), estamos imbricados com a educação e desta forma nos envolvemos nos seus diferentes contextos, o que nos possibilita entender e explicar a realidade, enfrentar os problemas do dia a dia, buscar soluções, tomar decisões, agir criticamente, diante da realidade e intervir para transformá-la ou mantê-la, e transformar a si mesmo enquanto sujeito inconcluso, histórico, crítico e criador.
É notável a alteração que tem ocorrido nos estudos que contemplam a diversidade da sociedade brasileira. Àqueles que privilegiam um olhar para as classes sociais, os aspectos políticos, em uma abordagem macro, somam os que desejam recortar experiências sociais e históricas de sujeitos dantes desprivilegiados, como exemplo, os pretos, os indígenas, as pessoas com necessidades especiais e as mulheres, em uma abordagem micro, em uma abordagem histórico-cultural, dando voz às pessoas comuns.
Esta pesquisa surgiu do desejo em continuar refletindo sobre o tema: inclusão de alunos com deficiência, já estudado durante o Curso de Mestrado e, agora, adentrando no espaço escolar, tendo como foco central as práticas pedagógicas. A experiência profissional, também, instigou a pesquisadora a analisar as vivências entre os atores escolares e a prática pedagógica de inclusão dos alunos com deficiência na rede pública municipal de ensino.
Este artigo teve como objetivo apresentar algumas reflexões sobre as políticas públicas de assistência estudantil no IF Goiano - câmpus Urutaí, com foco em gênero. No Brasil, a continuidade dos estudos em nível superior, é ainda extremamente difícil para a maior parte dos indivíduos das camadas de baixa renda, para os quais a própria sobrevivência é uma grande preocupação.
A pesquisa tem como temas a constituição da infância, sexualidade da criança, generificação da infância e atos normativos, sendo seu objeto a infância sexuada e generificada nos documentos legais e oficiais em vigência no Brasil. Os objetivos foram selecionar documentos legais e oficiais relativos às crianças, à sexualidade e ao gênero; identificar a infância sexuada e generificada nesses documentos; e, analisar como ocorre a constituição da infância nos documentos. Pesquisamos os documentos em sítios governamentais e utilizamos uma ficha de análise documental elaborada para a realização do estudo que se fundamenta em perspectivas pós-estruturalistas e pressupostos foucaultianos. Com os achados da pesquisa verificamos que as problematizações levantadas podem auxiliar na elaboração de novos documentos e de novas maneiras de ser.
Esta Tese teve-se como objetivo geral analisar o direito à educação como expressão de cidadania face à realidade educacional na Comunidade remanescente quilombola Kalunga, considerando os preceitos Constitucionais de 1988, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional de 1996 e a Emenda Constitucional n. 59/2009. O problema da pesquisa consiste na identificação das condições que possam garantir o direito à educação mediante acesso e permanência com sucesso do alunado nas escolas pesquisadas.
A prática da leitura e da escrita para os alunos indígenas tem sido um constante desafio. Oriundos de línguas ágrafas, em sua maioria, os indígenas encontram-se em situação de transição, pois, a partir da educação formal, os símbolos e as letras tornaram-se elementos fundamentais para o conhecimento dos códigos não indígenas, bem como para a sua ascensão individual e coletiva. Na perspectiva dos Estudos do Letramento, este trabalho tem como objetivo refletir sobre a leitura e a escrita no contexto indígena, em especial para os alunos Guarani, Kaiowá e Terena localizados na região da Grande Dourados, no estado do Mato Grosso do Sul.
O presente trabalho tem por objetivo analisar e discutir a escolarização do aluno com deficiência intelectual frente à proposta de inclusão escolar. Para tanto, o estudo centrou–se na trajetória de escolarização de um aluno com deficiência intelectual que conseguiu chegar à etapa mais avançada da educação básica concluindo o Ensino Médio na modalidade Educação para Jovens e Adultos (EJA). A pesquisa partiu de uma entrevista semiestruturada e, para confirmar e complementar os dados colhidos, empreendeu buscas por documentos e relatórios escolares, na escola em que este sujeito estudou. Fez-se, também, um levantamento e análise de textos que tratam da inclusão de alunos com deficiência intelectual no sentido de analisar, por meio do caso estudado, o processo de escolarização desses sujeitos, considerando a política de inclusão escolar em curso.
Este resumo inscreve-se em pesquisa maior sobre o processo de alfabetização de alunos A’uwê Uptabi das escolas estaduais indígenas do município de Campinápolis/MT. Os A’uwê Uptabi constituem quase 60% da população deste município, onde está inserida a Terra Indígena (TI) Parabubure. Espera-se com este estudo entender o ensino bilíngue nesse município de maneira a generalizar para outras realidades, de alfabetização monolíngue, sem fundamentos do letramento e contribuir para a melhoria do ensino aprendizagem: tanto da língua Materna quanto da Língua Portuguesa possibilitando ao educando acesso a cultura geral acessado por meio da língua portuguesa escrita. O nosso desejo é entender a experiência desses professores falantes da língua A’uwê, que atuam em escolas bilíngues e quais caminhos seguir para produção de um material didático específico.
Nesse trabalho apresentamos o Mapa Social da Comunidade Quilombola de Mata Cavalo elaborado de forma participativa pelos alunos da Educação para Jovens e Adultos e pelo Grupo Pesquisador em Educação Ambiental, Comunicação e Arte (GPEA) da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT). As oficinas de mapeamento seguiram um percurso dialógico da arte-educação-ambiental formando estações vivenciais que se configuraram como uma expedição pelo viver comunitário. Temos o objetivo de apresentar os resultados das oficinas, mas de igual importância apresentamos o processo de mapear, pois o consideramos como uma profícua prática educativa. Compreendemos que o mapeamento deve ser elaborado com e, principalmente, pelas comunidades, este é um percurso dialógico importante para a educação ambiental e para a educação popular, peculiarmente, por contribuir com a visibilidade desses grupos sociais.