No atual estágio de desenvolvimento da sociedade capitalista faz‐se necessário refletir acerca das significações do termo “sistema educacional inclusivo”, bem como sobre as implicações políticas de seu uso em meio às contradições sociais uma vez que a política educacional brasileira vem assumindo uma face “inclusiva”, mediada por princípios disseminados em âmbito internacional e pela luta interna em busca de acesso aos direitos sociais
O presente texto propõe uma reflexão conceitual acerca do Atendimento Educacional Especializado – serviço institucional de apoio à escolarização dos estudantes com deficiência no ensino comum – em articulação com o currículo escolar. A discussão é feita a partir da interlocução com estudos produzidos na área, envolvendo as temáticas do Atendimento Educacional Especializado e do currículo escolar e de momentos de interlocução de uma “comunidade de prática”, isto é, de um grupo de pesquisadores unidos em torno de um empenho comum.
O trabalho apresenta como a política de inclusão de alunos com necessidades especiais era colocada em ação em escolas da Rede Municipal de Ensino de Ponta Grossa – PR no ano de 2010. A fundamentação teórica baseia‐se na abordagem do ciclo de políticas (Bowe et al., 1992; Ball, 1994) e da teoria da política em ação (Ball; Maguire; Braun, 2012), como referencial analítico para a pesquisa de políticas.
As concepções curriculares ligadas à educação inclusiva sofrem influências do assistencialismo, da filantropia e da reabilitação, porque estes foram aspectos ligados à história da Educação Especial e, por isso, acabam moldando ainda hoje a organização dos serviços. Em vista disso, é interessante problematizar quais os tipos de currículos, conteúdos trabalhados nas salas de recursos multifuncionais, pois objetivamos assim, saber o que é ensinado no atendimento educacional especializado (AEE) e inferir quais relações os conteúdos trabalhados estabelecem com o ensino regular. Este estudo faz parte de uma pesquisa de natureza colaborativa, realizada pelo Observatório Catalano de Educação Especial que revelou nesse estudo que o currículo desenvolvido no AEE não tem atendido aos objetivos propostos pela inclusão, a escolarização dos alunos público alvo da Educação Especial.
O presente artigo apresenta as análises das opiniões, de treze professoras que atuam no Atendimento Educacional Especializado de escolas de um município de porte médio do Mato Grosso do Sul, sobre sua atuação. Foi realizado em situação de entrevista em grupo focal. Foram propostas discussões sobre as políticas públicas de inclusão escolar com vistas a favorecer o atendimento nas Salas de Recursos Multifuncionais e suscitar discussões sobre a formação de professores. Os resultados apontaram que nem todos os professores tem acesso às formações oferecidas; As propostas de formações, pautadas nas Políticas de Educação Inclusiva, não tratam da prática em sala de aula; A formação inicial não garante suporte para práticas pedagógicas. Discute-se a formação das professoras do AEE e alguns encaminhamentos para uma educação inclusiva.
Sabe-se que a Educação Superior representa, para todos os cidadãos, uma condição necessária para competirem no mercado de trabalho. Como relembra Cunha (2009), os postos de trabalho diminuíram em decorrência do desenvolvimento da tecnologia, bem como pela restrição dos investimentos dos Estados Nacionais. Logo, tanto a educação média quanto a superior passaram a representar as principais possibilidades de acesso ao mercado de trabalho formal.
Na história da humanidade, percebemos em diferentes momentos, diferentes formas de padronização do homem de acordo com critérios estabelecidos pelas classes dominantes. Compreender como se deram as transformações nas atitudes dispensadas a pessoas com deficiência em relação às formas de atendimento educacional necessita de um mergulho histórico nas diversas sociedades, e, primordialmente, nas necessidades básicas que cada uma destas apresentava.
Esse estudo, embasado na teoria socioconstrutivista, se origina a partir de uma pesquisa realizada com nove sujeitos que apresentam deficiência intelectual residentes em Fortaleza que se comunicavam com outros nove sujeitos da cidade de Campina Grande. O estudo foi desenvolvido por pesquisadores da Universidade Federal do Ceará e da Universidade de Campina Grande.
O presente artigo sintetiza uma pesquisa feita sobre a inclusão de alunos com deficiência visual na educação superior a partir do relato de experiência de uma aluna cega no curso de licenciatura em matemática na Universidade Federal do Ceará (UFC) na modalidade semipresencial ou educação a distância (EaD).
Hodiernamente, no campo da educação, muitos desafios são postos. Diante do atual estágio de mudança vivenciado pela sociedade, em que os novos arranjos políticos, sociais e econômicos transformam a realidade com rapidez. Essas mudanças trazem em si vários desafios, dos quais um dos mais urgentes e, ao mesmo tempo, mais necessários, é o desafio da inclusão de pessoas com deficiência na sociedade.