A partir de Peter Gay, o presente estudo analisa a tese de Freud sobre o avanço da repressão na história da humanidade. Busca-se compreender a seguinte questão: quais repressões específicas e determinantes ocorreram na modernidade que aguçaram o processo repressivo e qual é a sua relação com a constituição do indivíduo moderno? O trabalho desenvolve uma compreensão da relação indivíduo e sociedade e expõe alguns elementos que revelam esse avanço nesse período, destacando-se as grandes transformações sociais acompanhadas pela crescente individualização e incapacidade de reconhecimento na coletividade. Nota-se a força da repressão afetando a sexualidade, a “obsolescência” de processos educativos não repressivos da imaginação livre; o que permite refletir sobre o sentido das instituições existentes (família, escola, trabalho) e sobre o processo de socialização na constituição humana.
Este trabalho teve como objetivo investigar como os professores do 2º ano da Educação Básica utilizam a sala de aula e de informática para formação de leitores. A pesquisa teve sua realização em uma Escola Municipal de Uberlândia, que atende desde a Educação Infantil até os primeiros anos do Ensino Fundamental. A opção metodológica dessa pesquisa qualitativa é o estudo de caso do tipo etnográfico, cujo fundamento teórico está baseado na perspectiva Histórico-Cultural. A coleta de dados e materiais se efetivou por meio de observações de duas séries, um corpora de dezoito entrevistas, sendo estas realizadas com alunos, professores regentes, professores de literatura/música, laboratoristas e bibliotecárias. Diante da tabulação de alguns dados, percebemos que havia extrema valorização de determinados ambientes e outros eram pouco utilizados na formação leitora; dentro do laboratório de informática acontecia uma transposição didática dos conteúdos tratados em sala de aula.
Este trabalho apresenta dados de uma pesquisa em andamento que busca conhecer o que professores e gestores narram sobre como estão lidando com as crianças que possuem necessidades educacionais especiais - NEE no 1º Ciclo do ensino fundamental. Amparado na abordagem qualitativa em aproximação com a pesquisa narrativa, tem como campo de estudo uma Escola Municipal de Educação Básica de Cuiabá-MT. Por meio de observações, análise de documentos, notas de campo e entrevista narrativa constatamos que a escola acolhe crianças com NEE, no entanto não consegue atende-las em suas especificidades. Como fatores que dificultam as suas ações estão a inadequação da estrutura física, a escassez de recursos humanos e a necessidade de formação continuada para subsidiar a atuação pedagógica.
O presente artigo foi elaborado a partir do estudo de caso realizado em uma escola pública estadual de Goiânia, em 2012. Bullying é um problema que afeta vários setores da sociedade, entre eles o ambiente escolar. Este trabalho tem como objetivo conhecer a percepção e atuação dos professores frente aos casos de bullying em sala de aula. Trata-se de uma investigação de caráter qualitativo em que participou do estudo um grupo formado por 9 professores e 79 alunos do 8º ano do Ensino Fundamental. Foram utilizados como instrumentos de coleta de dados entrevistas e um questionário contendo perguntas abertas e fechadas. Os dados revelaram que os saberes docentes necessários à prevenção do bullying na escola, não são garantidos a todos os professores por meio de cursos de formação inicial ou continuada. Esses sujeitos lidam com a violência na escola fundamentados em saberes construídos da experiência no quotidiano escolar.
O presente artigo tem como objetivo expor as considerações iniciais de uma pesquisa que visa analisar, comparativamente, como as universidades estaduais da região centro-oeste (Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul – UEMS; Universidade Estadual de Mato Grosso – UNEMAT e Universidade Estadual de Goiás – UEG) tem contribuído com o processo de expansão da educação superior nesta região do país, identificando a participação de cada uma delas na oferta da educação superior pública (graduação e pós-graduação) em seus estados.
O Ensino Agropecuário ministrado no Instituto Federal Goiano – Câmpus Ceres constituiuse no cerne de nossa reflexão, tendo por interrogações os desafios e possibilidades de qualificação decorrente das políticas públicas de Educação Profissional e Tecnológica no Brasil (EPT) - tendo por referencia decreto 5.154/2004. A problemática que orientou as análises relaciona-se às mudanças de diretrizes na EPT e seus impactos no perfil de formação do técnico agrícola. Objetivamos interpretar e analisar a realidade e as contradições da formação recebida e recorremos ao materialismo histórico-dialético como fundamento. Selecionamos como amostra os egressos no período de dez anos de 1997 a 2007. Constatamos que o curso para os egressos, foi um facilitador para a empregabilidade em diversos segmentos do mercado e para acesso ao ensino superior.
Estudamos a gestão da reorientação curricular na perspectiva da gestão democrática ocorrida em um momento de busca de mudanças também de cunho crítico no âmbito das escolas municipais, ocorrido no município de dourados no período de 2001-2008.
Este texto apresenta reflexões sobre uma pesquisa de doutorado que teve como objetivo investigar e analisar saberes e práticas desenvolvidas nos anos iniciais do ensino fundamental com obras de literatura infantil de Ruth Rocha, veiculadas no acervo do Programa Nacional e Biblioteca da Escola (PNBE) visando a formação do professor e do aluno leitor. A opção metodológica foi por desenvolver uma pesquisaação colaborativa. Utilizamos os seguintes procedimentos e estratégias de ação: aplicação de questionários; levantamento bibliográfico; observação participante; redação de notas de campo; realização de entrevistas semiestruturadas. O estudo comprovou que 60% dos professores desconhecem o PNBE e desenvolvem práticas de leitura de obras literárias infantis por meio de metodologias de ensino que desconsideram a participação dos alunos leitores.
O tema alfabetização tem ocupado um espaço privilegiado, quando o foco é a educação, mas o que de fato não tem sido concretizado é o direito à alfabetização das crianças brasileiras. Crianças que terminam sua infância sem saber escrever o próprio nome. O Estado, em seu discurso ideológico, coloca este tema como central. A cada quatro anos uma nova política para o fim do analfabetismo é implantada, mas o número de analfabetos e analfabetos funcionais ainda se mantém crescente. Neste sentido este trabalho, tem como objetivo compreender o olhar dos pais em meio a este processo. O presente trabalho foi desenvolvido em duas escolas da rede pública da Região Administrativa de Ceilândia (RAC), Distrito Federal.