Diante das lutas dos Movimentos Sociais Campesinos em prol de uma Formação Inicial que atendesse as especificidades da Educação escolarizada Campesina, pontuamos a necessidade de se compreender como se tem tratado no âmbito acadêmico, a discussão sobre o currículo da formação em Cursos de Licenciatura em Educação do Campo. Para tanto, partimos da ideia que o Campo, enquanto território é tecido de uma complexidade social, cultural, econômica, epistêmica e educacional e que historicamente os sujeitos campesinos foram silenciados.
Perscrutar os caminhos da memória de sujeitos que vivem num território como a Amazônia marcado pela precariedade social, econômica e política, revela-nos, além do modo de vida, costumes e características do ser humano (homem) amazônico, ressentimentos acumulados no tempo e sofrimentos silenciados devido à falta de canais para que pudessem se exprimir publicamente.
Na sociedade heterogênea, globalizada e cada vez mais exigente, combater o analfabetismo e fortalecer a Educação de Jovens e Adultos - EJA -, além de saldar uma dívida social, econômica e histórica com quem não teve direito ao acesso e permanência à educação durante a infância e juventude, constitui-se um dever do Estado.
Pensar na discussão do multiculturalismo é adentrar o território das diferenças, nas quais os princípios norteadores resultam das incessantes lutas dos marginalizados pelo direito à cidadania, especialmente os movimentos negros, ou seja, advém das reivindicações e vivências dos sujeitos que sentiram na pele o triste sabor do preconceito e da discriminação bojo das sociedades das quais fazem parte.
A literatura cientifica revela a escassez de pesquisa sobre modos pedagógicos de ensino de conteúdos acadêmicos aos alunos com autismo. Com efeito, as professoras parecem desconsiderar a necessidade de abordá-los, enfatizando mais o desenvolvimento da socialização e da comunicação,ainda expressam com frequência sentimentos de impotência profissional para ensiná-los e parecem conceber como impossível ou com poucas possibilidades de acontecer/efetivar-se o aprendizado desses alunos. Sobre isso, indagamos:Quais modos de organização pedagógica viabilizam, para um aluno com autismo, a aprendizagem de conteúdos acadêmicos?
Este estudo se apresenta com o objetivo de analisar a importância atribuída ao diagnóstico pelo professor nesse espaço e os entraves resultantes dessa atribuição para o aluno com transtorno do espectro autista.