Eixo 4. O texto apresenta uma síntese teórica acerca do Ensino de História na Educação de Jovens e Adultos. Esse paradigma suscita questões e desafios, a saber: qual é o projeto societário almejado pela sociedade em que o “deus mercado” é a razão dogmática na qual se consolida o poder secular das oligarquias brasileiras?
Na sociedade heterogênea, globalizada e cada vez mais exigente, combater o analfabetismo e fortalecer a Educação de Jovens e Adultos - EJA -, além de saldar uma dívida social, econômica e histórica com quem não teve direito ao acesso e permanência à educação durante a infância e juventude, constitui-se um dever do Estado.
O presente estudo teve início com a realização de uma pesquisa no Arquivo Público de Mato Grosso, sobre a infância pobre em Mato Grosso na Segunda metade do Século XIX.
A educação como um dos campos sociais que atua na formação humana tem, dentre suas funções, que desenvolver o processo de socialização/humanização do homem, o que implica formação para vida, em que o trabalho é parte constitutiva dessa formação. Partindo dessa perspectiva, a discussão sobre a relação entre educação e trabalho no ensino médio integrado ao ensino técnico, tomada como objeto deste estudo, suscita reflexões sobre os conceitos de homem, sociedade, educação, trabalho como elementos que compõem e dão corpus ao recorte selecionado. Esse entendimento é necessário, sobretudo, devido à nova configuração social desencadeada pelo modelo socioeconômico neoliberal que impõe aos diversos setores da vida social a incumbência de estarem afinados com o desenvolvimento econômico, ou em outros termos a subordinação ao capital.
esta pesquisa analisa a formação de professores na sociedade capitalista e os seus descaminhos para uma formação unitária. Para tanto, utilizou-se da análise de diretrizes de Organismos Internacionais, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB), a Lei 9.394/1996 e do Plano Nacional de Educação (PNE), Lei nº13. 005/2014, e revisão bibliográfica do aporte teórico de Gramsci (1982); Manacorda (2000, 2008); Mascarenhas (2005) e Saviani (2009, 2013). Verificou-se que muitos são os descaminhos que distanciam a formação unitária dos professores como as políticas públicas educacionais brasileiras compromissadas com os ideais neoliberais que incidem sobre a administração, estrutura e organização das instituições formadoras.
Neste artigo analisamos a constituição da educação do campo em dois assentamentos rurais no estado de Mato Grosso, a partir de um projeto de pesquisa/extensão, de metodologia participativa, que visou identificar concepções, desafios e perspectivas em relação à educação do campo e explicitar as interconexões entre projeto educativo e projeto de desenvolvimento social do campo. As análises sustentam-se em Caldart (2008), Molina e Sá (2011), Arroyo (2007), Marx (2001). Os resultados apontam a existência de um movimento inicial de constituição de uma concepção de educação do campo que extrapola a escola e se caracteriza pela especificidade local, diversidade de saberes e relação entre trabalho e educação. Cabe fortalecer este movimento rumo a um projeto coletivo consistente, que vislumbre a transformação da educação e a emancipação dos trabalhadores do campo.