Abordar sobre o letramento, hoje, implica considerar que a escrita e leitura movem a sociedade por estarem em praticamente todos os lugares do mundo que é, no entendimento de Oliveira (2010, p. 340) textualizado. Assim, os textos em circulação na rua ou em outros ambientes são formas específicas de inscrição como placas, faixas, outdoors, propagandas, fachadas, dentre outros. Nestas variadas especificidades textuais, os gêneros, sem perder de vista o letramento, são maneiras particulares de dizer, elucidativas da pessoa que fala e do lugar de onde ela diz. Também, são “entendidos como instrumentos mediadores da ação humana no mundo”. Vale ressaltar que nas enunciações proferidas por alunos, configuradas como expressões textuais, o falar é atravessado por perspectivas socioculturais que indicam o contexto do qual fazem parte e que dão tom as interações e dialogicidade, ancoradas em acontecimentos inéditos, explicitados nas aulas e marcados pela intersubjetividade dos participantes.
A presente pesquisa foi realizada com professores da Educação Básica de uma escola do campo em Mato Grosso com a intenção de buscar novas alternativas para a prática de ensino na escola, utilizando a pesquisa como ferramenta pedagógica. De abordagem qualitativa, a investigação desenvolveu-se por meio do estudo de referenciais, que discutem a pesquisa na formação, na prática docente, educação no/do campo e, da realização de projetos de ensino e pesquisas pelos professores. O trabalho possibilitou estreitar as relações entre a escola e comunidade, apontou a necessidade, da formação teórico-metodológica, o envolvimento coletivo dos docentes e politicas públicas que favoreçam condições para novas práticas de ensino na escola no/do campo pelo viés da pesquisa.
Neste artigo analisamos a constituição da educação do campo em dois assentamentos rurais no estado de Mato Grosso, a partir de um projeto de pesquisa/extensão, de metodologia participativa, que visou identificar concepções, desafios e perspectivas em relação à educação do campo e explicitar as interconexões entre projeto educativo e projeto de desenvolvimento social do campo. As análises sustentam-se em Caldart (2008), Molina e Sá (2011), Arroyo (2007), Marx (2001). Os resultados apontam a existência de um movimento inicial de constituição de uma concepção de educação do campo que extrapola a escola e se caracteriza pela especificidade local, diversidade de saberes e relação entre trabalho e educação. Cabe fortalecer este movimento rumo a um projeto coletivo consistente, que vislumbre a transformação da educação e a emancipação dos trabalhadores do campo.
O artigo é fruto da dissertação de mestrado defendida em 2013, no PPGE da UFMT. Embasados nos pressupostos da pesquisa qualitativa de perspectiva materialista histórica dialética, realizamos uma pesquisa qualitativa na Escola Estadual Mário Duílio Evaristo Henry, localizada no Assentamento Sadia/Vale Verde, município de Cáceres- MT. Os sujeitos da nossa investigação foram os educandos e educandas do Ensino Médio da única escola estadual. A coleta de dados foi realizada com questionário e entrevistas semiestruturadas. O trabalho visa refletir sobre a concepção dos sujeitos sobre o campo e escola do campo. Isto porque, buscamos analisar a compreensão dos educandos e educandas sobre o fenômeno da Educação do Campo, visto que há intensa movimentação a caminho da construção desta educação na escola, bem como no município de Cáceres-MT.
décadas de 1940 e 1970, localizadas em acervos públicos e arquivos escolares, vêm possibilitando o estudo da escola rural primária em Dourados e região.
Este artigo objetiva analisar a configuração da pedagogia da alternância, seus limites e potencialidades, na Escola Família Agrícola de Uirapuru-GO, verificando possíveis contribuições dessa proposta educativa para processos de transformação da realidade. A metodologia de pesquisa é de caráter participante e os instrumentos de coleta dos dados utilizados foram a observação participante, a análise documental e a entrevista semiestruturada com os pais, educadores, estudantes e funcionários/monitores.
O texto decorre da tentativa de diálogos entre o contexto da educação superior, os compromissos historicamente assumidos pela educação neste nível de ensino em relação aos processos emancipatórios dos educandos e o movimento empreendido pelos jovens do campo em busca de formação universitária.
Este trabalho é produto de uma pesquisa em desenvolvimento no Programa de Pós‐graduação em Educação Ambiental da Universidade Federal do Rio Grande – FURG em nível de mestrado. Contextualiza o projeto Consórcio Social da Juventude Rural – Sementes na Terra, coordenado pela Federação dos Trabalhadores na Agricultura Familiar da Região Sul
Este artigo discute práticas de resistência e de enfrentamento na agricultura camponesa, articuladas desde uma perspectiva de educação popular no Movimento de Mulheres Camponesas. Mostra como se dão experiências concretas envolvendo a luta diária das camponesas, a qual articula a produção de alimentos, da vida em si e militância política.
Este trabalho problematiza a identidade dos sujeitos do campo e as práticas pedagógicas de 09 escolas do Ensino Fundamental (1º ao 5º ano), todas localizadas no campo na região Metropolitana de Curitiba, Piraquara‐ Paraná. Percebe‐se que as discussões acerca da educação do campo estão presentes nos movimentos sociais que lutam por uma educação mais digna e voltada à formação humana e que só será possível através do diálogo e envolvimento da própria comunidade nessa (re) construção.