O presente trabalho objetiva compreender os significados que um professor de crianças pequenas atribui às suas experiências de infância, vividas no contexto escolar, que remetem às relações entre crianças e adultos, de gênero e à sexualidade. Participa da pesquisa um professor de Educação Infantil, da rede pública de ensino do município de Rondonópolis, Mato Grosso. O viés metodológico desta pesquisa é a história oral, visto que as narrativas são marcadas por um processo de reflexão que leva o participante a rememorar sua vida e histórias, ancoradas em um assunto específico: a infância a partir das experiências com a sexualidade vividas na escola.
Este trabalho é parte de uma pesquisa mais ampla e propõe apresentar o perfil dos/as bolsistas do PIBID/ Biologia e os lugares e modos onde aprendem sobre sexualidade. Tratou-se de pesquisa qualitativa com uso de questionário, entrevista e grupo focal. A noção de discurso sobre sexualidade orientou-se pela perspectiva de que estes localizam-se nos mais diversos espaços de convivência, modelando comportamentos e gerando outros discursos tendo como base teórica estudos de Foucault. Os/as licenciandos/as são jovens, a maioria do sexo feminino, heterossexuais, solteiros/as e, ligados/as a alguma religião. Eles/as buscam informações sobre sexualidade na internet, mídia em geral e ensino superior; também indicam com menor expressividade, amigos, família e a educação básica como fontes de aprendizagem.
Com o advento da internet, e sua popularização, os espaços de informação e interação sofreram reconfigurações que veem corroborando com a constituição e produção de novos sujeitos na contemporaneidade, marcados e demarcados pelos diferentes discursos que os interligam e desterritoriza-os nas redes flexíveis e contingentes. Hoje os sujeitos não apenas leem e pesquisam na internet, como também produzem informações que tem efeitos sobre os outros sujeitos e, consequentemente, sobre seus corpos.
Discutir a adolescência requer uma sensibilidade interdisciplinar, pois se deve observar a mesma não apenas como uma fase da vida biológica, mas também como um fenômeno social onde se permeia um amplo contexto histórico e cultural que tem origem nas relações sociais. Conceitualmente a adolescência pode ser definidae interpretada a partir de diversas concepções, uma vez que trata de uma etapa ou fase da vida humana marcada pelo crescimento e desenvolvimento físico, além de grandes transformações biopsicossociais.
Este artigo tem o objetivo de refletir sobre a prática docente e a educação para a sexualidade utilizando um livro de história infantil que conta a trajetória, descrita por um aluno, de uma professora que ele considera encantadora, Maísa.
O presente artigo integra uma pesquisa que busca discutir a homossexualidade feminina na juventude veiculada em alguns artefatos culturais, dentre estes filmes e blogs. O filme Azul é a Cor Mais Quente (2013) foi o objeto de análise, mais especificamente, as personagens Adele e Emma, buscando perceber quais discursos sobre gêneros e sexualidades o filme oferece para pensarmos a homossexualidade feminina.
Neste trabalho, são apresentados alguns discursos normativos que interpelam um personagem – construído como sujeito de pesquisa a partir da interlocução da autora com um grupo de professores – tentando fixá‐lo em identidades e posicioná‐lo socialmente. A partir de sua experiência em alguns espaços de formação são discutidas questões referentes às identidades sexuais e raciais.
O artigo discute homoafetividade e homofobia em escolas públicas do Vale do Itajaí‐SC, uma vez que as questões de gênero perpassam toda a História até os dias atuais e encontra‐se a sexualidade inserida nos corpos e espaços escolares. O campo de pesquisa faz‐se na escola justamente por ser ela uma instituição que permite a socialização, não podendo estar alheia a problemática do preconceito e violência.
Eixo 8. o texto aborda a questão de gênero e sexualidade segundo o entendimento de que os padrões de feminino e masculino são enunciações discursivas constituídas em um campo de disputa que envolve poder, no qual a hegemonia instituída não é absoluta ou permanente.