Esta pesquisa surgiu do desejo em continuar refletindo sobre o tema: inclusão de alunos com deficiência, já estudado durante o Curso de Mestrado e, agora, adentrando no espaço escolar, tendo como foco central as práticas pedagógicas. A experiência profissional, também, instigou a pesquisadora a analisar as vivências entre os atores escolares e a prática pedagógica de inclusão dos alunos com deficiência na rede pública municipal de ensino.
É notável a alteração que tem ocorrido nos estudos que contemplam a diversidade da sociedade brasileira. Àqueles que privilegiam um olhar para as classes sociais, os aspectos políticos, em uma abordagem macro, somam os que desejam recortar experiências sociais e históricas de sujeitos dantes desprivilegiados, como exemplo, os pretos, os indígenas, as pessoas com necessidades especiais e as mulheres, em uma abordagem micro, em uma abordagem histórico-cultural, dando voz às pessoas comuns.
A educação pode ser instrumento tanto para manutenção como para transformação do ser humano e da sociedade. O fato é que, como nos alerta Brandão (2011), estamos imbricados com a educação e desta forma nos envolvemos nos seus diferentes contextos, o que nos possibilita entender e explicar a realidade, enfrentar os problemas do dia a dia, buscar soluções, tomar decisões, agir criticamente, diante da realidade e intervir para transformá-la ou mantê-la, e transformar a si mesmo enquanto sujeito inconcluso, histórico, crítico e criador.
A partir dos anos de 1990, as propostas de inclusão têm se intensificado. Nesse sentido, as políticas e projetos com vistas à Educação para Todostêm ganhado destaque no cenário mundial. Este mesmo período data o início do Movimento de Articulação por uma Educação do Campo no Brasil principiada pelos movimentos sociais e por entidades de organizações sociais (ARROYO; CALDART; MOLINA, 2004).
De acordo com Costa e Andrade (2013), vários autores têm sustentado que, acoplada a objetivos sociais emergentes, uma variedade de pedagogias tem tomado corpo e entrado em funcionamento desde meados da segunda metade do século XX.
Durante a experiência com a educação de Jovens e Adultos, foram os jovens que me guiaram a repensar as práticas pedagógicas e sua relação com o pertencimento negro na escola.
Tendo em vista que o ensino de jovens e adultos é de suma importância no cenário educacional em que se encontram, torna-se um fator relevante inseri-los no contexto social. Diante isso, destaca-se o princípio constitucional de uma educação inclusiva para todos que mostra um caminho para o desenvolvimento de todas as pessoas, em todas as idades, sem discriminar negativamente os indivíduos nem prejudicar o processo de apropriação de conhecimentos.
Este ensaio objetiva discutir o uso da narrativa na pesquisa com o cotidiano como uma metodologia que permite discutir acontecimentos passados a partir da memória dos seus sujeitos. Neste caso, uso como amparo a pesquisa realizada a respeito da formação docente na Campanha de pé no chão também se aprende a ler, desenvolvida no Programa de Pós Graduação em Educação da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN).