Na década de 90, se ampliaram as discussões em torno da perspectiva da educação inclusiva, sobretudo, enfocando o público da educação especial profundamente alijado da escolarização comum. Essa nova perspectiva pretende superar o paradigma da integração, que defende a normalização e a responsabilização do sujeito ante ao acompanhamento da experiência educacional desenvolvida nas escolas regulares.
A perspectiva da educação inclusiva inaugura, a partir da década de 90, uma nova forma de pensar e propor a educação das pessoas com necessidades educacionais especiais – NEE, na sociedade, depois de séculos de história de exclusão. Nesses termos, por força de políticas e leis educacionais observa-se que vem se construindo o entendimento de que a Educação Especial deve ser reconfigurada, para atuar como mecanismo complementar à educação geral, superando o modelo segregador e de caráter médico-terapêutico.
No contexto das escolas do campo destacam-se as classes “multisseriadas”, caracterizadas pela oferta simultânea de várias “séries” ou “ano escolar” em uma mesma turma, sob a regência de um único professor. Em 2013 existiam no Brasil 88.261 classes com esta configuração.
Esta pesquisa ao ter como objeto de estudo a relação entre Educação Física e a comunidade escolar1 buscou concretizar a prática investigativa na Escola Eurípedes Peri Rosa, situada no distrito de Bate-pé, município de Vitória da Conquista - BA. Trata-se de uma pesquisa qualitativa do tipo estudo de caso2 , com embasamento no método dialético.