A conquista do indígena brasileiro ao direito à escolarização remete à concretização de um desafio cotidiano, visto que, a concepção de escola deveria refletir o pensamento de cada etnia, os próprios processos de aprendizagem e de difusão do saber e o ensino da língua materna enquanto elemento identitário. Em outras palavras, essa reflexão poderia ser entendida como os pilares da resistência de cada povo.
Este texto apresenta parte dos resultados de uma pesquisa financiada pela capes. A pesquisa teve como objetivo mapear o desenho institucional construído para a implementação das políticas de igualdade racial no âmbito educacional, no município do Recife, analisando as representações construídas sobre alguns conceitos que permeiam o campo de discussão sobre as relações raciais ao mesmo tempo em que buscava desvelar as lutas e tensões no processo de materialização destas políticas.
A educação para os povos do campo no Brasil por muito foi relegada a um segundo plano, apesar de somente a partir da década de 70 a população urbana aparecer nos dados oficiais do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) ultrapassando a do campo, o que comprova que a maior parte da população era esquecida ou invisibilizada em relação às políticas públicas educacionais.
Gilberto Freyre inaugurou no seu livro “Casa Grande e Senzala” (Freyre, 1980) o que viria a ser conhecido como “democracia racial”. Essa idéia defende a não existência do racismo no Brasil em comparação a outras sociedades reconhecidamente racistas, como é o caso dos Estados Unidos.
Apesar de está presente como “ferramenta” de luta no cenário educacional brasileiro desde as primeiras décadas do século XX (MELO NETO, [2007 ou 2008]), a Educação Popular terá seu apogeu enquanto práxis educativa comprometida com a libertação dos sujeitos oprimidos da sociedade do final dos anos 1950 ao início dos anos 1960, sendo Paulo Freire seu maior expoente.
Conta uma parábola que certo professor interessado em saberes culturais diversos, procurava na sua prática de pesquisa e docência descobrir os segredos que fundamentavam os comportamentos e as opiniões das pessoas. Um dia, nas andanças da vida, foi a um bairro periférico da cidade para participar de uma reunião a respeito dos problemas da comunidade. Durante a reunião, de repente, o tempo fechou e ao primeiro relâmpago, seguido de forte trovão, uma dona da casa começou a cobrir os espelhos com uma toalha.
O Atendimento Educacional Especializado - AEE - tem se configurado, no âmbito da Política Nacional de Educação Especial, apoio impreterível, provedor do acesso ao currículo do ensino regular, quando se trata do público alvo desta modalidade.
Desde fins dos anos 1970, a sociedade brasileira discute, em suas várias associações educacionais, a formação de professores procurando nortear o que existe de comum nesta formação e na formação para a atuação nos diversos níveis e modalidades de ensino.