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Pessoas trans e espaços escolares: o uso do banheiro feminino e seus impactos.

Este artigo destaca os processos de luta pelo reconhecimento do direito de utilização do banheiro feminino por docentes trans em suas trajetórias escolares. Essa discussão integra as problematizações de uma tese de doutorado em Educação que objetivou identificar e problematizar sobre os indícios de desestabilização que a presença de professoras trans provocaria na escola. Metodologicamente, a pesquisa se sustentou na análise de fontes bibliográficas e documentais, entrevistas e questionários; adotando como aparato teórico a teoria queer. Fundamentados nos relatos das docentes investigadas evidenciamos que os conflitos na utilização do banheiro se materializaram de forma mais latente para aquelas professoras que pouco conhecimento detinham sobre legitimações e não se vinculavam ao movimento social organizado de pessoas trans.

Diferenças, identificação e reconhecimento: a visibilidade Trans na escola.

Este trabalho discute as experiências de visibilidade trans (travestis, transexuais, e de outros jovens com experiências de gênero dissidentes) a partir do contexto da educação formal. A metodologia utilizada é a etnografia (on-line e off-line). O referencial teórico é o pós-estruturalista (feminista, pós-colonial e queer). Categorias êmicas como montagem e passar por sãs tomadas como referências para a reflexão. A análise aponta para considerações teórico-práticas que tendem a ampliar os processos de reconhecimento das identidades de gênero na escola.

“[...] Quero cor de menina, essa aqui é de homem!”. Relações de gênero na perspectiva das crianças.

O presente estudo apresenta fragmentos de uma dissertação de mestrado já concluída. Tais fragmentos buscam discutir as problemáticas de identidade de gênero geradas no interior de um centro de educação infantil no tocante as reflexões a cerca dos espaços de participação das crianças nas práticas educativas. A pesquisa se deu numa instituição de educação infantil pública municipal da cidade de Dourados/MS. Optamos pela metodologia investigativa com as crianças numa abordagem qualitativa realizada como um estudo de caso de inspiração etnográfica. Os instrumentos utilizados para a coleta de dados: diário de campo, registro fílmico e fotográfico. O estudo revelou que o espaço de participação consiste na complexidade das relações sociais que são estabelecidas entre as crianças, ficando visível a configuração de poder.

Infâncias e gênero nos atos normativos vigentes no Brasil.

A pesquisa tem como temas a constituição da infância, sexualidade da criança, generificação da infância e atos normativos, sendo seu objeto a infância sexuada e generificada nos documentos legais e oficiais em vigência no Brasil. Os objetivos foram selecionar documentos legais e oficiais relativos às crianças, à sexualidade e ao gênero; identificar a infância sexuada e generificada nesses documentos; e, analisar como ocorre a constituição da infância nos documentos. Pesquisamos os documentos em sítios governamentais e utilizamos uma ficha de análise documental elaborada para a realização do estudo que se fundamenta em perspectivas pós-estruturalistas e pressupostos foucaultianos. Com os achados da pesquisa verificamos que as problematizações levantadas podem auxiliar na elaboração de novos documentos e de novas maneiras de ser.

Políticas públicas de assistência estudantil: uma breve reflexão sobre gênero no Instituto Federal Goiano - Câmpus Urutaí.

Este artigo teve como objetivo apresentar algumas reflexões sobre as políticas públicas de assistência estudantil no IF Goiano - câmpus Urutaí, com foco em gênero. No Brasil, a continuidade dos estudos em nível superior, é ainda extremamente difícil para a maior parte dos indivíduos das camadas de baixa renda, para os quais a própria sobrevivência é uma grande preocupação.

A função pedagógica da imprensa e a educação de mulheres entre os anos de 1901‐1930 no jornal O Albor/SC.

Com o presente artigo procura‐se discutir a educação de meninas e a profissão de professora em relação às normas comportamentais e representações de feminilidades pela ótica do Jornal O Albor na cidade de Laguna‐SC, no período de 1901 a 1930. Em função do próprio objeto de pesquisa e do diálogo com estudos do campo a análise pauta‐se pelo cruzamento de referenciais da história das mulheres e das relações de gênero sobre aquele contexto brasileiro

Mulheres, empregadas domésticas e EJA: questões sobre a naturalização do papel social da mulher.

Eixo 4. O foco desta pesquisa é analisar as interpretações do feminino e do papel social da mulher, para um grupo de mulheres que exercem a profissão de empregadas domésticas, alunas e ex-alunas do Ensino Fundamental, na Educação de Jovens e Adultos. Constatamos que a infrequência às aulas, na EJA, por parte das mulheres é bem superior a dos homens. Investigando, constatamos ainda que a causa deste fenômeno era o fato de trabalharem como empregadas domésticas e muitas, morarem na casa de suas patroas. Quaisquer eventualidades na rotina das casas aonde trabalham, como um jantar, uma visita inesperada, faz com que elas sejam requisitadas além do horário normal de trabalho e impedidas de ir até a escola. Com a leitura do estudo de Sabóia (2000), é possível chegar à conclusão de que entende-se por empregadas domésticas, como é o caso das alunas citadas acima, aquelas que exercem funções como arrumar toda ou parte da moradia; cozinhar ou preparar alimentos, lavar roupa ou louça, passar roupa, utilizando, ou não, aparelhos eletrodomésticos para executar estas tarefas; orientar ou dirigir empregados domésticos na execução das tarefas domésticas; cuidar de filhos ou outro morador do local de trabalho, residindo ou não no local de trabalho.
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