Este artigo objetiva analisar e discutir as dúvidas, problematizações e fragilidades no conceito de Tecnologia Assistiva, principalmente no que se refere ao que seria Tecnologia Assistiva para alunos com deficiência intelectual. Utilizou-se a pesquisa-ação colaborativa, e para a coleta de dados dispomos de entrevistas coletivas realizadas com oito professoras de atendimento educacional especializado. Os resultados demonstram que por meio da pesquisa colaborativa é possível despertar processos reflexivos nas docentes, de modo a levá-las a discutir e problematizar questões relativas ao conceito, bem como contribuir com a produção cientifica por meio de uma proposta do que configuraria com estratégia de tecnologia assistiva no âmbito educacional.
As concepções curriculares ligadas à educação inclusiva sofrem influências do assistencialismo, da filantropia e da reabilitação, porque estes foram aspectos ligados à história da Educação Especial e, por isso, acabam moldando ainda hoje a organização dos serviços. Em vista disso, é interessante problematizar quais os tipos de currículos, conteúdos trabalhados nas salas de recursos multifuncionais, pois objetivamos assim, saber o que é ensinado no atendimento educacional especializado (AEE) e inferir quais relações os conteúdos trabalhados estabelecem com o ensino regular. Este estudo faz parte de uma pesquisa de natureza colaborativa, realizada pelo Observatório Catalano de Educação Especial que revelou nesse estudo que o currículo desenvolvido no AEE não tem atendido aos objetivos propostos pela inclusão, a escolarização dos alunos público alvo da Educação Especial.
O presente trabalho deriva de um projeto de pesquisa: Políticas e Serviços de atendimento a infância e adolescência realizado em um município do Sudeste Goiano. O objetivo geral é de subsidiar a discussão sobre o atendimento à infância.
O Atendimento Educacional Especializado - AEE - tem se configurado, no âmbito da Política Nacional de Educação Especial, apoio impreterível, provedor do acesso ao currículo do ensino regular, quando se trata do público alvo desta modalidade.
O trabalho discute o papel do coordenador pedagógico no que diz respeito às atividades de educação inclusiva, na construção de uma educação que de fato atenda as diferenças e propicie aos educandos uma formação integral.
A perspectiva da educação inclusiva inaugura, a partir da década de 90, uma nova forma de pensar e propor a educação das pessoas com necessidades educacionais especiais – NEE, na sociedade, depois de séculos de história de exclusão. Nesses termos, por força de políticas e leis educacionais observa-se que vem se construindo o entendimento de que a Educação Especial deve ser reconfigurada, para atuar como mecanismo complementar à educação geral, superando o modelo segregador e de caráter médico-terapêutico.
Na década de 90, se ampliaram as discussões em torno da perspectiva da educação inclusiva, sobretudo, enfocando o público da educação especial profundamente alijado da escolarização comum. Essa nova perspectiva pretende superar o paradigma da integração, que defende a normalização e a responsabilização do sujeito ante ao acompanhamento da experiência educacional desenvolvida nas escolas regulares.