O artigo propõe mostrar as maneiras que professores contribuem para pensarmos o combate à desigualdade e ao racismo no contexto da educação escolar. Foram interpretadas entrevistas semiestruturadas concedidas por oito docentes de História. O racismo é discutido em relação às diferentes desigualdades na sociedade capitalista. Percebeu-se a persistência dos processos desiguais interferindo na escola, mas também os empenhos coletivos de professores de História a fim de amenizar e diminuir o racismo, a discriminação, o preconceito e a exclusão nas relações cotidianas. Tais atitudes são de grande valia, porque se referem a uma postura comprometida de enfrentamento diante de situações causadoras de sofrimento nos alunos.
Este trabalho baseou-se em uma investigação realizada com professores de escolas da rede pública de Campo Grande-MS, e teve como principais objetivos refletir e discutir a falta de preparo adequado, de professores e alunos, para o uso escolar da internet. Foram estudadas as concepções de professores colhidas por intermédio de dois instrumentos de pesquisa: entrevistas semiestruturadas e exercício de interpretação de imagens. As discussões e análises foram realizadas sob os postulados da Teoria Histórico-cultural da Psicologia e da contribuição de estudiosos das redes digitais. Como resultado pode-se destacar que a ausência de um preparo específico para a utilização da internet interfere na qualidade dos processos. Conclui-se que a internet por si só não possui o condão de intervir positivamente na educação escolar, já que esta só é considerada pelas interações entre professores e alunos.
O artigo tem por objetivo refletir sobre a trajetória dos novos mecanismos de seleção da educação superior pública, o Enem e o SiSU destacando os principais atos que o normatizaram bem como os debates e conflitos que o permeiam. Na realização da pesquisa utilizamos o estudo bibliográfico e documental, além de recortes midiáticos (revistas, jornais, sites).
Esse trabalho é resultado da pesquisa com professoras negras que realizei junto as docentes da Universidade Federal de Uberlândia, Campus Ituiutaba-MG, localizado no Pontal do Triângulo Mineiro, no ano de 2013 que culminou em monografia de conclusão de curso. Nosso propósito foi refletir sobre: o porquê a ausência das mulheres negras no exercício da docência superior. O processo de reflexão se deu por meio de análise de depoimentos sobre a história de vida e atuação profissional de algumas docentes negras, análise teórica e dos dados estatísticos alusivos à temática analisada.
Este trabalho problematiza as práticas inclusivas a partir do funcionamento das salas de recurso multifuncional e os dispositivos digitais disponíveis nestes espaços pedagógicos voltados pra a inclusão da pessoa com deficiência intelectual na rede municipal de ensino de Várzea Grande-MT. A metodologia abordada baseou-se em numa perspectiva qualitativa e a coleta de dados realizou-se através de análise documental. O estudo baseou-se em documento disponibilizados pela Secretaria Municipal de Educação de Várzea Grande e Ministério da Educação. A análise demonstrou que a inclusão das pessoas com deficiência intelectual é uma prática em movimento que exige tensionamentos constantes na construção e efetivação de políticas inclusivas.
Este texto é parte de uma pesquisa de abordagem qualitativa realizada no quilombo de Conceição das Crioulas/ Salgueiro/PE, que discute a concepção de educação escolar quilombola e participação dos quilombolas no processo educacional e o significado para ampliar os espaços de reconstrução da história do território. Traz alguns elementos que contribuem com a reflexão sobre a educação escolar quilombola, desafios e aspectos relevantes da participação social dos quilombolas, sobre o processo educacional em um quilombo. Aborda questões que os jovens quilombolas apresentaram e consideraram importantes para o currículo escolar na perspectiva da afirmar a identidade e autoestima do jovem, a exemplo da formação de professores/as, mundo trabalho, a garantia de direitos e permanência dos quilombolas em seus territórios de forma digna.
Esta pesquisa investiga o funcionamento estrutural dos Conselhos Estaduais de Acompanhamento e Controle Social do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (CACS/Fundeb) dos estados do Amazonas, de Sergipe, de São Paulo, do Rio Grande do Sul e de Goiás, no período de 2008 a 2011
Esse artigo possui o objetivo de abordar reflexões sobre um Curso de Aperfeiçoamento em Educação Especial e Atendimento Educacional Especializado para Pessoas Surdas. Entre as questões que nortearam esse trabalho está: Quais as representações sociais dos professores das escolas públicas sobre a inclusão de alunos surdos na escola regular? Quais são as principais dificuldades para que a inclusão de alunos surdos aconteça? Utilizamos um dos fóruns do curso para apreendermos alguns dos diálogos estabelecidos pelos cursistas no que diz respeito à educação de surdos. O referencial teórico metodológico utilizado foi o das Representações Sociais, na perspectiva moscoviciana. As reflexões e diálogos tecidos pelos sujeitos nos mostram que questões como falta de profissionais, falta de infraestrutura, necessidade de formação docente para atuar com as diferenças foram bastante comentadas no fórum.
O objetivo deste trabalho é provocar discussões sobre o fenômeno letramento digital. Nele, são apresentados os conceitos de letramento digital e análises empírico-teóricas em que se procurou compreender as práticas de letramento digital de professores universitários. Para tanto, elegeu-se a seguinte problemática: Quais são e como são desenvolvidas as práticas de letramento digital por meio do computador e da internet dos docentes universitários? A investigação é de cunho qualitativo, foi realizada em 2013 e os dados foram analisados à luz da Análise de Conteúdo temática. O estudo apontou indício de que as práticas de letramento digital dos professores universitários são heterogêneas e sinalizam para possibilidades pedagógicas na escola ainda que a maioria não demonstrou possuir clareza teórica e conceitual em relação ao termo letramento digital.
Este artigo propõe discussão em torno das representações socioespaciais da cidade de Cuiabá- MT, segundo crianças, e objetiva compreender a relação vivencial das crianças com o espaço público, a partir da análise de conteúdo (BARDIN, 1977) dos mapas cognitivos por elas construídos, em termos dos tipos de representação: a) desenho; b) mapa; c) mapa e desenho. A análise se orienta pela articulação entre a Teoria Histórico Cultural (VIGOTSKI, 2009; 2010) e a Teoria das Representações Sociais (MOSCOVICI, 2003), esta no diálogo com os estudos de Jodelet (1982; 2001), sobre os Mapas Sociais de Paris. Os resultados possibilitam pensar que o significativo percentual de aparição do tipo desenho de representação está possivelmente relacionado à vivência das crianças nos lugares da cidade, de modo que quanto menos vivências, maior a tendência à representação mais abstrata do tipo mapa.