Faz pouco mais de um ano que celebramos os dez anos de aprovação da Lei 10.639/2003 que altera a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB). De um lado,a satisfação de, finalmente, ter-se aprovado uma Lei que reconhece a importância da cultura africana e afro-brasileira como estratégia imprescindível à construção e/ou fortalecimento da identidade do/a negro/a nas escolas. Por outro, deparamo-nos com a questão: a Lei está sendo efetivamente presente nos currículos escolares? Se sim, de que forma? Se não, quais as razões?
A necessidade e urgência de desenvolver uma educação mais inclusiva se tornou imperativo nas escolas mundiais e brasileiras, isso porque, as reivindicações dos movimentos sociais relativo às pessoas com deficiência têm gritado com mais força, conclamando a sociedade a agir com mais igualdade.
A conquista do indígena brasileiro ao direito à escolarização remete à concretização de um desafio cotidiano, visto que, a concepção de escola deveria refletir o pensamento de cada etnia, os próprios processos de aprendizagem e de difusão do saber e o ensino da língua materna enquanto elemento identitário. Em outras palavras, essa reflexão poderia ser entendida como os pilares da resistência de cada povo.
A pesquisa em desenvolvimento tem por objetivo geral compreender as epistemologias que dão sustentação às práticas curriculares de professores em comunidades quilombolas no agreste central de Pernambuco. Está situado no campo das Epistemologias do Sul, termo utilizado pelo Sociólogo Português, Boaventura de Souza Santos para designar um conjunto de intervenções epistemológicas que denunciam a supressão dos saberes levada a cabo, ao longo dos últimos séculos, pela norma epistemológica dominante, valorizam os saberes que resistiram com êxito e as reflexões que estes têm produzido e investigam as condições de um diálogo horizontal entre conhecimentos.
Diante das lutas dos Movimentos Sociais Campesinos em prol de uma Formação Inicial que atendesse as especificidades da Educação escolarizada Campesina, pontuamos a necessidade de se compreender como se tem tratado no âmbito acadêmico, a discussão sobre o currículo da formação em Cursos de Licenciatura em Educação do Campo. Para tanto, partimos da ideia que o Campo, enquanto território é tecido de uma complexidade social, cultural, econômica, epistêmica e educacional e que historicamente os sujeitos campesinos foram silenciados.
O artigo apresenta os resultados de uma análise documental, cuja finalidade foi identificar indícios de ambientalizacão nos Cursos de Graduação do Centro Universitário de Brusque – Unifebe, para gerar subsídios à elaboração de políticas institucionais de ambientalização curricular e sustentabilidade no âmbito da educação superior.
A formação de quilombos está entre as principais formas de resistência escrava elaboradas por africanas, africanos e seus descendentes ao sistema escravista brasileiro. Constituem‐se exemplos de grupamentos ou sociedades detentoras de fortes vínculos com tradições africanas e podem sem compreendidos, também, como territórios coletivos de liberdade e de projetos políticos por uma maior autonomia.
O presente texto propõe uma reflexão conceitual acerca do Atendimento Educacional Especializado – serviço institucional de apoio à escolarização dos estudantes com deficiência no ensino comum – em articulação com o currículo escolar. A discussão é feita a partir da interlocução com estudos produzidos na área, envolvendo as temáticas do Atendimento Educacional Especializado e do currículo escolar e de momentos de interlocução de uma “comunidade de prática”, isto é, de um grupo de pesquisadores unidos em torno de um empenho comum.